Divulgação

Com 20 anos de experiência em agências como Y&R, Africa e Loducca (atual Salve Tribal), o executivo André Paes de Barros, conhecido como PB, passou por um disruption profissional nesse período. O principal item do processo foi identificar que não há fronteira entre a comunicação digital e as abordagens às audiências por meio dos canais tradicionais. Na realidade, teve a compreensão de que a chamada mídia tradicional propõe uma espécie de “vai lá para escolher” enquanto os canais digitais procuram encontrar tudo que é capaz para identificar a jornada de consumo dos usuários a partir dos rastros que deixam em suas navegações.

Por outro lado, PB percebe uma sensível perda de autoridade das agências nas estruturas de marketing e pensamento estratégico dos anunciantes. Mas ele tem a crença de que há uma oportunidade com as abordagens mercadológicas no ambiente digital. Elas geram leads que estimulam o consumidor a preencher formulários com informações para contato. Segundo PB, garante um custo por aquisição entre quem está disposto a comprar e quem quer vender. “Ou seja, o custo/benefício é elevado para ambas as partes”, resume o CEO. “Como conhecemos bem o comportamento das pessoas, porque o mundo está cada vez mais conectado, podemos planejar ações sob medida para cada um dos nossos clientes. Hoje em dia, com um único comando de voz, ou digitação de um nome no Google, podemos saber coisas relevantes sobre quem está disposto a consumir. Essas informações ficam nítidas durante a navegação. O papel da agência é fazer uma tradução para uma publicidade adequada”, ele acrescenta.

Se o universo digital era reconhecido até bem pouco tempo como mais um canal de comunicação, nas palavras de PB, se tornou um ecossistema híbrido com precisão matemática, mas com a palavra final dos profissionais envolvidos nos projetos. “O tratamento agora é de ferramenta que faz conexão entre dados e consumidores. Quem faz essa ponte é a inteligência de planejamento, tecnologia e criatividade das agências. Pelo menos na Ampfy nos posicionamos para ter uma atuação com esse propósito. Temos mais de 100 milhões de celulares conectados à internet no Brasil, dos quais 80% via mobile. Esse é o caminho”, explica PB.

Outro ponto ressaltado pelo CEO é que os heavy users têm exposição natural ao digital. A consequência é a segmentação milimétrica por target. PB não acredita no muro divisor entre on e off, por esta razão observa que a manutenção dessas características não estimula o posicionamento que materializa o bordão “tudo junto e misturado”. Segundo o executivo, o digital não pode ser banalizado com ideias que buscam apenas os canais para veiculação de formatos.

“Temos clientes com os quais nos compromissamos com um volume diário de geração de leads. Mas nossa meta interna é sempre ir muito além do combinado. Temos tido um desempenho mais próximo dos desafios que nos impomos e isso tem sido decisivo no relacionamento e na relevância nas empresas que atendemos. No fundo, continuamos a fazer comunicação, mas com maior com foco nos serviços de marketing que envolvem muito mais disciplinas e não apenas propaganda. Temos de fazer filme, desenvolver plataformas, criar e administrar sites, aplicativos, fazer promoção, banner, CRM, social media, mídia programática, performance, big data e dashboards, por exemplo. Repito, o que faz valer todo o nosso esforço no fim do dia é gerar vendas através de leads”, reforça PB.

O conhecimento desse novo consumidor não é bicho de sete cabeças para a Ampfy, que é uma nativa digital. Além da equipe de 100 profissionais, PB enfatiza o conhecimento dos acionistas Alexandre Hohagen (ex-presidente do Google e do Facebook) e Pedro Cabral (criador e fundador da Agência Click) das dinâmicas do espectro digital. Cabral não fica no dia a dia da operação, mas atua como chairman da Ampfy. E Hohagen comanda de Miami a Nobox, agência que adquiriu com Cabral há um ano.

Divulgação

“Já parou para imaginar o peso de ter dois nomes como esses na hora de prospectar um negócio ou ampliar espaço nos clientes?”, pergunta PB. Ele prossegue: “É uma vantagem competitiva enorme. Além disso temos uma criação liderada pelo Fred Siqueira, um dos principais nomes da era digital; o departamento de operações e performance está sob o comando do Douglas Bocalão; e o planejamento coordenado por Gabriel Borges. Temos compromisso literal com a melhor entrega, não porque somos sócios dos fundadores, mas porque esse é o nosso objetivo real”.

Com o “consumidor always on”, a Ampfy busca solucionar os problemas mercadológicos com um branding compartilhável. “O mundo é pautado pelo que acontece no Twitter, Instagram, Vimeo, Pinterest, YouTube, Google, Facebook e LinkedIn. Tudo é mais automático e a comunicação precisa acompanhar esse movimento com muita agilidade e ser compartilhável. A criatividade é elemento estratégico nesse cenário porque os projetos precisam ter essa capacidade de atrair os usuários dos canais digitais e fazer com que eles se sintam à vontade para sugerir para seus amigos. É o que nos propomos para clientes como Sky, Lenovo, Gol, Suzuki, Mitsubishi e Andorinha, por exemplo”, justifica.

Participando atualmente de oito concorrências, a Ampfy não quer o rótulo de agência especializada em alguma disciplina, apesar do seu faturamento ter cerca de 30% de origem no off e o restante, no digital. Na verdade, PB acredita que não há uma migração das verbas publicitárias tradicionais para o universo digital capaz de ameaçar as agências que têm foco no off. Para ele, a vantagem das digitais é que as verbas vão além da propaganda digital porque envolve os serviços de marketing, que, quando usados 100%, equilibram as receitas em nível equivalente às do off. Quer dizer que além da verba de propapanda, os anunciantes têm um orçamento de marketing mais robusto para o digital.

“Não temos esse muro limitador. Somos uma agência full service e ponto. Alguns dos trabalhos, como a campanha Casca-grossa, que criamos para a Mitsubishi, traduzem esse raciocínio. Ela foi feita originalmente para os canais da internet, mas o diretor de marketing, Fernando Jualianelli, se decidiu por uma versão para veiculação nos intervalos da transmissão do Super Bowl, patrocinado, pela montadora. Fizemos uma versão especial para o modelo L200 Triton com um efeito reverso para exibir cada jogada ao contrário”, argumenta o publicitário. O conceito Casca-grossa foi criado pela Africa, que é responsável pela comunicação da Mitsubishi.

A campanha Faz todo sentido, desenvolvida para o modelo Vitara, da Suzuki, também teve início na web, mas está sendo veiculada nas TVs. A linguagem reúne técnicas 3D, sketch, recorte, papercraft e videogame. “Temos um DNA digital. Mas, em primeiro lugar, somos uma agência integrada. O foco é o consumidor, que está cada vez mais conectado. Há um novo jeito de consumo e vamos nos aperfeiçoar cada vez mais nessa direção. Já temos o reconhecimento como agência digital; agora é a hora de ganhar visibilidade com a nossa qualidade”, finaliza PB.