Alê Oliveira

O modelo de negócio da Lew’LaraTBWA, seguindo a metodologia global da rede, é chamado de disruption. Isso significa que a agência vive no que classifica como uma busca constante para sair das convenções do mercado. Essa cultura se reflete também na ambientação da agência, que ocupa dois andares de um prédio comercial no bairro de Pinheiros, em SP. Um deles concentra toda a parte administrativa; o outro, profissionais que atuam mais diretamente com a publicidade.

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No espaço, dividido apenas por portas de vidro, containers abrigam salas de reuniões e uma estrutura industrial se mescla com paredes cobertas por lambe-lambes. Os cartazes são trocados periodicamente pela equipe de acordo com temas do momento (quando a redação do PROPMARK visitou o escritório, a decoração ainda mostrava apoio às seleções brasileiras de futebol para a Copa do Mundo Feminina e Copa América). A agência tem um escritório em Brasília, mas que faz parte da mesma operação e não atua de forma independente. A presença na capital do país ocorre pela necessidade de estar fisicamente próximo a dois importantes clientes: Banco do Brasil e Sebrae.

As divisões das equipes também não seguem um modelo único, mas sim em células dedicadas a cada tipo de cliente. Já o time de Nissan, formado por cerca de 36 pessoas, funciona como uma agência dentro da agência em um formato global que inclui todas as áreas da publicidade; até mesmo a organização específica dos lugares facilita a comunicação.

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“Nosso princípio é que tudo seja bastante integrado para que as coisas funcionem rápido. Aqui é tudo de vidro, 100% transparente, para tornar todo mundo acessível. É claro que há uma hierarquia, mas a gente não acredita muito nisso”, explica o COO Wilson Negrini. “O que trouxe a gente até aqui não é o que vai levar a gente pra frente. Se queremos nos diferenciar, o caminho para onde está todo mundo indo não é o que a gente tem de seguir”.

A Lew’LaraTBWA também está em processo de implantação de um departamento que deve tratar de todos os trabalhos da agência, independentemente da disciplina, com o mindset de projetos. Foco em performance também vem sendo relevante para a operação da agência, que tem parte da equipe de criação dedicada a esse tipo de função.

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O incentivo à criatividade é mantido diariamente pelo Backslash, plataforma da TBWA que alimenta todas as equipes com pílulas de conteúdo sobre o que é tendência no mundo: desde inovação e tecnologia a entretenimento. Em toda a rede, a filosofia é que a propaganda não compete com outras propagandas, mas com a cultura pop. Por isso, os profissionais são munidos de informações que se transformam em insights. “O mundo corporativo e a velocidade exigida no trabalho acabaram nos deixando muito focados em nossas telas. Mas a gente não faz campanha para a sala de reunião, a gente faz campanha para o mundo. E lá fora a competição é maior, tem música, filme, memes e posts engraçados. Precisamos produzir com esse nível de relevância”, acredita Felipe Luchi, sócio e CCO da Lew’LaraTBWA.

Alê Oliveira

RAIO X
Agência: Lew’LaraTBWA
Ano de fundação: 1992; em 2007 uniu-se à rede TBWA
Chairman: Luiz Lara
Executivos: Felipe Luchi, sócio e CCO; Wilson Negrini, COO; Sheila Wakswaser, sócia e CFO; Vicente Varela, VP de data e estratégia de mídia; e Renata Serafim, CSO
Principais clientes: Nissan, Apple, Banco do Brasil, Pepsico, Netflix, Coty, CVC, Omint, Piraquê, Sebrae, SecomSP e Submarino
Número de funcionários: cerca de 200

 

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