Lançada em um ano marcado por redução de investimentos publicitários, a agência Tech & Soul chega aos seus primeiros seis meses de operação com resultados acima das expectativas. A afirmação é do CEO Claudio Kalim (ex-Africa). “A gente começou a trabalhar num coworking, mas no terceiro mês lá já não deu mais porque estava ficando apertado. Fizemos a reforma e viemos para cá (espaço em cima do Bar Astor)”, conta Kalim. 

Divulgação

Segundo o executivo, a proposta da Tech & Soul tem sido bem aceita pelo mercado. Ele também afirma que o modelo de agência vigente, “que é dos anos 1950”, não tem mais futuro. “A gente não queria fazer uma agência igual às que a gente sempre trabalhou. Primeiro porque acho que esse modelo que está aí, que é dos anos 1950, não tem mais futuro. Brevemente vai acabar o modelo de agenciamento de mídia, porque não funciona mais. A gente nasceu na era da colaboração e quis montar esse modelo. Hoje, por exemplo, temos 17 pessoas trabalhando fixas aqui na agência, mas temos uma equipe flutuante de mais de 20 pessoas, porque a gente oferece para o cliente um trabalho de acordo com a necessidade dele e acopla profissionais ou empresas. Esse modelo de plug and play tem sido muito bem aceito”, afirma.

Sobre a remuneração da agência, ele conta que estão trabalhando com diversos modelos. “Como sou pequeno, não tenho BV (Bonificação por Volume), por exemplo. Não tenho patamar de BV. Sobrevivo com uma remuneração de trabalho específico. Não quero nem pensar muito nisso, porque, uma vez que eu entrar nessa, não consigo sair mais. Mas a gente sobrevive em cima de estratégia, criatividade. Nós trabalhamos por fee e remuneração sobre resultados. Tem cliente de que somos quase sócios. Montamos esse negócio sem nenhum aporte internacional, sem marca estrangeira, porque a gente acredita que pode trabalhar de uma forma diferente”.

Entre os clientes da agência estão BTG, Positivo, Locaweb e Octavio Café. Pavimentando a área de negócios ao lado dos sócios Fernando Amino (COO) e Claudio Gora (sócio-fundador), Kalim conta também como sócio com o premiado criativo Flavio Waiteman (CCO), com quem trabalhou na Africa. “O Flavio é um dos pontos criativos que é estratégico também, que pensa no negócio do cliente e não só na estética, na criatividade”. Sobre as expectativas? “Estou muito feliz com 2017. Acho que foi um ano de retomada e penso que o ano que vem será bem melhor. Expectativa é que o próximo ano seja um bom ano”, destaca Kalim.