Por causa de uma lei federal dos Estados Unidos, a Dodd-Frank, que busca práticas transparentes de negócios, as empresas norte-americanas são obrigadas  a revelar a proporção entre o que ganham os seus CEOs e a média dos funcionários.

Dois dos principais grupos mundiais de publicidade estão sediados naquele país. O Omnicom, dono de redes como BBDO, DDB e TBWA,  pagou a seu CEO John Wren um total de US$ 24 milhões no ano de 2017. A média salarial anual dos funcionários dentro do Omnicom foi de US$ 40,2 mil. Com isso, a proporção dos vencimentos de Wren em relação ao colaborador médio do grupo foi de 596 para um.  A conta da empresa inclui funcionários full-time e part-time, mas tira da lista escritórios menores como Colômbia, Egito, Indonésia e Tailândia. Wren, que tem 65 anos, acumulará no mês de maio o cargo de chairman do Omnicom.

Já o grupo Interpublic (IPG), dono das redes McCann, FCB e Lowe, reportou um ganho médio de US$ 64 mil por ano pelos funcionários em 2017. Já o CEO Michael Roth faturou US$ 16,9 milhões, que  é 264 vezes maior que  a média da empresa. Nesse caso, o IPG considerou funcionários full-time, part-time e temporários. 

Há casos nos Estados Unidos em que a discrepância é muito maior. Na Mattel, o CEO Margo Georgiadis recebeu um valor 4.987 vezes maior que a média dos funcionários. Por outro lado, o multibilionário Warren Buffett fez apenas 1,87 vezes a mais que os funcionários da sua Berkeshire Hathaway. Muitas das diferenças salariais reportadas podem ter a ver com as metodologias, que podem variar de empresa para empresa. 

No grupo britânico WPP,  o CEO Martin Sorrell recebeu em 2017 o equivalente a US$ 14 milhões em bônus. O valor já foi bem maior, no entanto e, em 2015, ele recebeu 1.444 vezes a mais que a média dos funcionários.  

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