A Fiat Chrysler Automobiles está sendo acusada de usar um software que permitia adulterar as emissões por veículos a diesel em 104 mil picapes e utilitários esportivos vendidos desde 2014. A denúncia foi feita pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, em inglês). O resultado é parte de uma verificação  envolvendo a Volkswagen, que admitiu ter burlado testes em 580 mil carros a diesel nos EUA.

A EPA e a Califórnia Air Resource Board Mary Nichols informaram à FCA estarem convencidas de que o software auxiliar para controle de emissões permitiu que veículos gerassem poluição acima do permitido, desrespeitando a legislação. Em comunicado, a FCA disse estar “decepcionada” com as afirmações da EPA e que seus “veículos a diesel cumprem todos os requisitos”.  A montadora falou que provará à EPA que seus controles de emissão são “devidamente justificados e, portanto, não são instrumentos para burlar os regulamentos”.

Depois da divulgação da notícia, as ações da FCA negociadas na bolsa de Milão perderam mais de um décimo de valor em 20 minutos de pregão. Os negócios com as ações da companhia nos EUA foram suspensas, também em queda de 16%. A empresa poderá ser multada em US$ 44 mil por veículo, caso fique comoprovado que a FCA violou as regras para emissões. Nesta semana, a Volkswagen concordou em pagar US$ 4,3 bilhões em multas criminais e civis e declarou-se culpada por três crimes por enganar a agência fiscalizadora e vender veículos poluentes.