Juliano Russo, gerente de mercado para o Brasil, diz que estratégia da empresa inclui a venda de sorvetes em potes para viagemA queda nas temperaturas, como é de se esperar em pleno inverno brasileiro, não assusta a sorveteria argentina Freddo, que se prepara para o momento que seria de diminuição nas vendas com incentivo ao consumo de seus produtos. No Brasil desde 2010, a empresa é líder do segmento de sorvetes artesanais e já conta com mais de 40 pontos de venda, número que deve aumentar em 2015.

Atualmente, a Freddo está em oito países, sendo seis na América Latina, além de Estados Unidos e Inglaterra. A principal operação continua sendo a argentina, seguida pela brasileira, que ultrapassou o mercado uruguaio, hoje o terceiro principal para o grupo. Segundo Juliano Russo, gerente de mercado da sorveteria no Brasil, para ampliar a participação nacional da marca é preciso levar ao cliente a cultura da Freddo, que propõe o consumo de sorvete em qualquer estação do ano.

“O brasileiro ainda não tem o costume de consumir sorvete no inverno, enquanto na Argentina, por exemplo, o consumo continua alto nesta estação. Os argentinos consomem litros de sorvete, o produto é considerado um alimento mesmo”, diz Russo.

Nesse caminho, a Freddo atualmente divulga em pontos de venda e por meio de ações digitais uma campanha para estimular o consumo compartilhado de seus produtos com embalagens para viagem de até um quilo – desde que chegou ao Brasil, esta é a primeira comunicação do gênero. “O sorvete vendido artesanal em pote para viagem é uma forma de incentivar o consumo em momentos novos, de um produto diferente, e levar para o consumidor novas experiências, seja curtindo uma novela, happy hour, uma partida de futebol. O sorvete tido como mais que uma sobremesa, mas item para um momento agradável dentro de casa”, explica Russo.

Com o incentivo ao consumo de sorvetes artesanais, a Freddo espera se manter em expansão no mercado nacional. Em 2014, a empresa teve seu ápice no Brasil, com crescimento de 150%. O negócio, que começou com duas unidades, uma em São Paulo e outra em Brasília, já conta com 44 pontos de vendas, entre quiosques, carrinhos e lojas.

De acordo com Russo, o momento de retração econômica no país impede projeções altas de crescimento, como ocorreu no ano passado, mas ainda assim a expectativa é positiva. “Encerramos 2014 com um faturamento de R$ 45 milhões. Para este ano o plano de expansão é mais tímido, mas temos expectativa de abrir entre cinco e dez unidades. Estamos sempre buscando pontos novos”, comenta.

Com produção centralizada na Argentina, os sorvetes Freddo utilizam somente ingredientes selecionados, entre frutas, chocolates, doce de leite e outros itens. Os sorvetes, portanto, são considerados 100% artesanais – divisão dentro do setor premium na qual se inserem apenas os fabricantes que usam exclusivamente produtos naturais, sem espaço para nenhum item industrializado.  Para Russo, esse é o diferencial da marca e a razão do crescimento apontado. “Seja franqueado ou cliente, ao provar nosso produto, se fideliza”, ressalta.