A rede de moda sueca H&M (Hennes and Mauritz) criou um cargo diretivo para promover a inclusão após a polêmica provocada por um moletom da marca com uma frase apontada como racista.

“O recente incidente foi claramente não intencional, mas mostra claramente o quão grande é nossa responsabilidade como empresa global”, escreveu a empresa em seu perfil no Twitter. Em post na última terça-feira (16), a companhia afirmou que seu compromisso para abordar a diversidade e a inclusão é “genuíno”, por isso decidiu nomear “um líder global nesta área para fazer nosso trabalho avançar”.

Na semana passada, um anúncio no qual aparecia um menino negro vestindo um moletom com a frase ‘The Coolest Monkey in the Jungle’ (O macaco mais legal da selva, em tradução livre) gerou uma série de críticas nas redes sociais. Após a repercussão negativa, a H&M retirou o anúncio do site e a peça de circulação.

Entre as pessoas que criticaram a marca estão a blogueira britânica Stephanie Yeboa, retuitada mais de 21 mil vezes (“De quem foi a ideia na H&M de fazer esse doce menino negro usar um suéter com a frase ‘Macaco mais legal da selva’?”), Charles M. Blow, colunista do The New York Times (“H&M, vocês perderam a maldita cabeça?”), o jogador de basquete americano LeBron James (“A H&M nos entendeu errado. E vamos contra ela. Diretamente”) e o artista canadense Abel Tesfaye, líder do The Weeknd (“Acordei esta manhã chocado e envergonhado por esta foto. Estou profundamente ofendido e não mais trabalhar com a H&M”).

Na esteira da polêmica, algumas lojas da rede na África do Sul foram alvo de protesto e a H&M decidiu fechar temporariamente seus estabelecimentos no país para garantir segurança aos funcionários.

Leia mais

H&M é acusada de racismo e retira anúncio com garoto negro
Campanha de papel higiênico preto é acusada de racismo