Qual a diferença entre a publicidade e o funk? “Um anda bonito e outro elegante”. Para quem não entendeu o começo deste texto, foi apenas uma paródia do “Rap da diferença”, um hit dos anos 90. Nesta época, entretanto, ainda nem se imaginava a proporção midiática que o gênero funk iria tomar nos anos seguintes, incluindo a sua incursão na estratégia das marcas para engajar o público. Hoje o cenário é bem diferente e o ritmo é usado com recorrência nos comerciais de empresas dos mais variados segmentos.

“A publicidade frequentemente bebe nos movimentos sociais e culturais para se comunicar com o público. E o funk é uma manifestação popular que foi, ano após ano, ficando mais e mais identificada à nossa cultura. É natural, portanto, que seja inspiração para tantas marcas”, conta Domenico Massareto, CCO da Publicis. Recentemente a agência criou uma campanha para a Nestlé, em parceria com a Aktuellmix, com um funk cantado por Tatá Werneck.

Confira abaixo alguns trabalhos criativos que utilizam o gênero musical como recurso.

Para promover o tempero em pó Knorr, a MullenLowe Brasil criou a campanha “Sabor de Especialista”. A comunicação é embalada pela paródia de um jingle inspirado no sucesso “Olha a Explosão”, do funkeiro MC Kevinho.

O McDonald’s tem utilizado bastante o funk para promover novos produtos ou ações especiais. Abaixo um filme que anuncia o retorno do Festival de Cheddar com releitura de “Cheguei”. Em 2015, a rede utilizou “Os novinho tão sensacional”. Ambas as criações são da DPZ&T.

A campanha da rede para a Copa do Mundo também utilizou um funk, o “Prepara”, da Anitta.

Um dos filmes mais recentes nesta linha pega carona no sucesso “Encaixa”, de Mc Kevinho e Léo Santana.

House do Ragazzo, a PPM Brasil também se inspirou na força e o alcance do funk “Malandramente” para promover sua oferta de “coxinha em dobro”.

Quem não se lembra do “Rap da Felicidade”, um hit dos anos 90? A OLX, com criação da agência Ogilvy, resgatou o sucesso em 2015.

Até a Mercedes-Benz entrou na batida, em 2013, com a ajuda da agência AdBat/Tesla e usou o “Passinho do Volante” para anunciar o na época novo Classe A.

O “Que tiro foi esse”, da Jojo Toddynho, virou #QuePedidoFoiEsse, do Ifood. A criação é interna.

Em campanha criada pela Z+ para divulgar a nova oferta TIM Controle, Ludmilla e Rodrigo Hilbert cantam uma versão exclusiva do hit “Din Din Din”.