“Menina fantasma em shopping de Caruaru.” Esse é o título de um vídeo que deu e continua dando o que falar nas redes sociais desde que foi postado na última quinta-feira (28).

A gravação mostra uma “menina fantasma” subindo a escada rolante de madrugada no Shopping Difusora, em Caruaru (PE), diante de um suposto vigilante assustado. A “aparição” correu pelas redes sociais e virou notícia em veículos locais e nacionais, com o próprio estabelecimento dizendo que iria averiguar o teor delas. 

No dia 1º de julho, a empresa revelou se tratar de uma ação de marketing para atrair o público a sua nova atração, a Casa do Terror, que abre na próxima sexta-feira (6). “Se você se assustou só com o vídeo, imagine pessoalmente”, diz a mensagem. Mas após a revelação da verdade, a estratégia do shopping está dividindo opiniões e a explicação não convenceu muitos seguidores.

O post revelador teve 750 reações: 318 pessoas curtiram, 251 riram, 120 ficaram bravos, 46 amaram e 15 ficaram surpresas. Muitas pessoas se mostrando ansiosas para conferir a atração, mas há diversos comentários que afirmam não acreditar se tratar de uma ação de marketing. Para elas, o local está encobrindo a verdade sobre a “menina fantasma” e prejudicou a população ao veicular coisas falsas.

“Se é verdade que este evento já estava programado, então tratem de expor provas. […] Tenho certeza, que se esse tal evento já existia, não será nada demais mostrar as provas, com contrato da empresa que fornecerá equipamentos e demais recursos para o mesmo. Ah, como todo contrato, as assinaturas são reconhecidas em cartório, com certeza vocês devem possuir tudo isso, né? Além do mais, demitam esse equipe de marketing horrível, pois, meu caro, essa foi a pior publicidade que já vi em toda minha vida. E agora, outra pergunta, o que me diz da pagina Na Mira da Notícia entrar ao vivo e falar que o shopping apenas se pronunciaria após analisar as imagens? […] E vai mais além, jornalismo é coisa muito séria, e o Difusora além de liberar uma péssima campanha publicitária, se é que existe, brincou com a credibilidade de páginas que são usadas para manter a população informada dos fatos reais que existem na região”, escreveu uma seguidora.

Um seguidor, que se apresenta como analista de marketing, também comentou negativamente a iniciativa. “Resultou em uma grande parte da população assustada e que com certeza vai evitar de ir a esse shopping a princípio até que seja solucionado. Quanto a tal casa dos horrores que o shopping insiste em dizer que será uma nova atração, acho muito estranho a equipe sacrificar a imagem de um shopping inteiro para promover somente um evento ou cliente”, escreveu.

Uma internauta também afirma não acreditar na versão do shopping e citou o susto do vigia. “Bem pensado o que o shopping está dizendo. Mas sinceramente eu não acredito nesta versão. Eu sei muito bem o que é isso, só não vou dizer o que penso pra não causar discussões. Nunca que isso é marketing! O vigia tava apavorado”, afirma.

Outro usuário criticou a iniciativa por não considerar as reações nas pessoas. “Se for mesmo uma jogada de marketing, parabéns pela péssima ideia. Vocês tinham que levar em consideração que isso assustaria muita gente. Só espero que a movimentação no shopping diminua bastante. Se for mesmo brincadeira, foi a maior burrice de marketing que já vi, o que levou vocês a assustarem e com certeza agora afastaram muitos clientes do shopping”, comentou.

Também há críticas dizendo que o local teria feito “propaganda enganosa” e desrespeitado a lei trabalhista por obrigar pessoas a trabalhar após o shopping estar fechado. Em outras mensagens, pessoas debatem se o “vigia assustado” ainda estaria empregado ou teria sido afastado para esconder a verdade sobre as imagens gravadas.

Já outros comentários ironizam quem acredita em fantasma e não aceita que foi ação de marketing. “Agora fantasmas estarão obrigados a aparecer de verdade, porque um monte de detetive virtual não acredita que foi uma campanha de marketing”, escreveu uma seguidora. “Não dá para acreditar que algumas pessoas insistem em afirmar que o vídeo era real. O povo adora uma lenda urbana”, disse outra.

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