A Return Path divulgou o Relatório de Inteligência Dmarc (Domain-based Message Authentication, Reporting and Conformance), que traz a análise de 1049 grandes marcas, de 31 países e 11 setores. A empresa, que é provedora global de soluções de dados, concluiu que apenas 22% dessas companhias deram os primeiros passos para se proteger contra fraudes em email.

A pesquisa aponta que, na América Latina, a taxa cai para 15%, sendo assim, não há registro em 85% dos casos. O maior nível de adesão está nos Estados Unidos e no Canadá, com 33% de políticas implantadas.

O Dmarc foi criado em 2012 pelas maiores marcas da Internet e se tornou uma ferramenta na luta contra o phishing e o spoofing. A sua implantação ajudou remodelar o cenário de fraudes por email e tem o potencial de anular esses problemas.

Alguns setores tem sido mais lentos na tomada de medidas contra fraudes por email. A saúde (8%), telecomunicações (16%) e setor bancário (16%) possuem as menores taxas de adoção do Dmarc. Sobre o setor de social media, Louis Bucciarelli, Diretor Regional da Return Path para a América Latina, destaca: “Em muitos casos, o grande desafio está nos sistemas complexos, com amplos conjuntos de funções, e na sensibilidade dos dados”.

No topo, Social Media (51%), Logística (41%) e Tecnologia (35%) são os setores com maior adesão. “Trata-se de um grupo de remetentes com grandes redes, pelas quais circulam um alto número de dados pessoais e onde a reputação é um fator primordial para garantir o sucesso dos negócios da marca, ou seja, a necessidade de segurança da informação é muito alta”, afirma Bucciarelli.

Sobre os estágios de implantação, o relatório observou três estágios: monitoramento, quarentena e rejeição da mensagem. Dentro desse cenário, apenas os setores de logística (com adoção de 44% das empresas pesquisadas), social media (40%), público (33%) e de serviços de pagamento (32%) têm mostrado compromisso no combate à fraude, por meio da solução completa, ou seja, instruindo os provedores de email a bloquear mensagens supostamente fraudulentas.

A taxa de implantação do protocolo entre os provedores (ISPs) globais e regionais aumentaram, de acordo com o relatório. O índice, que era de apenas seis em 2013, passou para 142 em 2014, refletindo na proteção de mais de duas bilhões de caixas de entrada em todo o mundo.

Para o Brasil, o resultado é de 75% de caixas de entrada protegidas. Isso inclui contas do Gmail, Hotmail e Yahoo!. As taxas mais altas são de 90% na Rússia e em Hong Kong. Em segundo lugar, os Estados Unidos apresentam proteção de 85%. A Alemanha apresenta o número mais baixo de proteção, com apenas 30%.

“A alta preocupação dos provedores é importante, mas não é suficiente para combater as fraudes por e-mail. É necessário que as marcas assumam uma postura pró-ativa contra essas ameaças. Os prejuízos são evidentes”, completa Bucciarelli.

O Dmarc, de acordo com o diretor, tem o potencial de anular as ações dos cibercriminosos nos próximos anos. “Vamos seguir na vanguarda da inovação, ajudando as empresas a proteger, sistematicamente, seus negócios, colaboradores e clientes, entendo que essa ação é tão importante quanto chegar à caixa de entrada e gerar conversões nas campanhas”, finaliza Bucciarelli.