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Silvia Ramazotti, product marketing manager do Facebook, palestrou no palco principal do Fórum E-commerce Brasil 2019 nesta quarta-feira (17) e deu dicas sobre o Instagram e como as marcas podem explorar ao máximo os stories.

Silvia compartilhou alguns números para animar os presentes a apostarem na rede social de fotografias. A começar pela adesão ao celular já que, segundo a manager, a mobilidade criou um caminho para marcas. “Uma pessoa comum passa três horas por dia no celular e verifica o aparelho 80 vezes por dia. Já é uma extensão do nosso corpo”, explica.

Segundo Silvia, a rede social de imagens do Facebook continua sendo um lugar de “expressão visual”. “Um fato muito importante no Instagram é a comunidade”, elucida. Ela pontua que tudo que é criado para a ferramenta é feito sempre “pensando nas pessoas primeiro e no impacto que vai ter na vida delas”.

A profissional menciona que, ao contrário do que muitos pensam, o Insta é uma plataforma para todas as idades já que 46% dos usuários brasileiros tem de 45 a 54 anos e mais de 37% tem mais de 55 anos.

Entre os temas mais buscados, estão viagens, filmes, comida, bebida e música. Segundo Silvia, é uma ótima oportunidade para as marcas se conectarem com tais assuntos e com essas comunidades.

“Três em cada quatro pessoas no Brasil associam o Instagram a um lugar de interagir com as marcas. É uma super oportunidade”, revela.

A percepção do público para as marcas que estão no Insta também corrobora para que as empresas criem seus perfis. Se estão na rede, elas são vistas como criativas, populares e comprometidas em construir comunidades por mais de 80% do público.

“E não é só branding, o Instagram está em todas as etapas do funil”, analisa a executiva mencionado que 94% das pessoas ouvidas pela rede já disseram ter realizado alguma ação no Instagram quando viram um produto. Não necessariamente uma compra, mas seguir o perfil, visitar o site etc.

Também há interação entre o on e o off. “Além do Insta gerar ações online, 42% das pessoas foram impactadas e seguiram até uma loja física para realizar uma ação”, revela a profissional.

Outro componente para ter sucesso na rede é combinar o poder do orgânico com o dos posts pagos. Se no primeiro caso a marca fortalece sua conexão com a comunidade e ganha credibilidade, no segundo é possível segmentar campanhas, escolher objetivos, atingir diferentes públicos, entre outras opções.

“Quando a gente fala do funil no Instagram, funil, gosto de falar dele como um círculo”, explica Silvia dizendo que não há fim quando o consumidor realiza a compra por lá. O tal funil/círculo é composto de quatro etapas: reconhecimento, consideração, transação e retenção.

Em Reconhecimento o perfil é sua vitrine. Para Silvia, “a maioria das pessoas visita seu perfil porque viu algo interessante, não necessariamente ela está te seguindo”. Ela menciona a aba explorar, que poderá ter anúncios em breve, além das parcerias com influenciadores.

Já para Consideração ela menciona ferramentas que podem ajudar nessa fase, como Shopping. “Aquela opção que você consegue colocar o preço, fica uma malinha e aí ela é linkada com o catálogo”, explica.

A Transação é a hora de inspirar as pessoas a realizar alguma ação. “Anúncio de resposta direta com a opção de instalar um app”, exemplifica. Ela também menciona os anúncios dinâmicos. Há um vídeo ou imagem em cima com produtos embaixo. Os produtos no anúncio são mostrados de acordo com o que você está procurando. Tem toda uma inteligência de máquina por trás. São produtos encontrando pessoas e não pessoas buscando produtos”, elucida.

Para trabalhar a Retenção, ela orienta que as marcas utilizem as figurinhas interativas dos stories. “’Você gosta mais dessa blusa vermelha ou da amarela’, e depois faz um post sobre isso”, exemplifica. Transmissões ao vivo para lançamentos também podem funcionar.

Dicas para stories

Silvia enumera os stories como “stories Family” e menciona todos que estão sob o guarda-chuva do Facebook: o próprio Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp, sendo este último ainda não monetizável. “Esse formato vem crescendo loucamente, é a aposta da companhia, temos muitos lançamentos previstos”, adianta.

Segundo a executiva, as pessoas amam o formato porque, além dele ser criativo, ele é efêmero. Isso funciona para que elas postem cada vez mais. Mas o que as pessoas esperam das marcas nos Stories? Segundo dados revelados por Silvia, 58% querem ofertas e promoções, o mesmo número espera por mensagens de fácil entendimento. “O consumo é rápido, a pessoa não vai ficar parada horas, se você não for rápido e não chamar a atenção, a pessoa não vai olhar”, explica a executiva.

“Feed é porta de entrada, stories é quintal. É legal que as pessoas achem que é uma coisa mais caseira”, comenta. Quando o assunto é criatividade do formato, ela menciona uma pesquisa da Nielsen que indica que o aumento de vendas de uma marca pode estar atribuído à qualidade do criativo. É preciso ter em mente três pilares para as considerações criativas: aparência, como usar marca e produto, além da execução.

Aparência é uma maneira de chamar a atenção e prender a audiência. Segundo Silvia, as pessoas assistem mais stories com som do que posts no feed com som. “Se possível, criar campanha para os stories com som é melhor”, revela.

Quando o tema é marca e produto, “tudo começa e termina com a marca”. “Se ela assistir menos tempo, sua marca estará lá”, explica.

Formatação e execução: se possível, tente não fazer só peças estáticas. “Temos estudos internos dizendo que o vídeo gera mais resultado. Não precisa ser algo longo. Qualquer coisa que não seja 100% estática vai ter resultados melhores”, comenta.