Divulgação/ Marçal Neto

A Basf organizou nesta terça-feira (18), o encontro “A comunicação e as novas fronteiras da revolução digital”. Para debater o tema estiveram presentes Cristiana Brito, diretora de relações institucionais e sustentabilidade da Basf; Hamilton dos Santos, diretor geral da Aberje; Sérgio Gama, senior developer advocate leader, da IBM; Everton Schultz, vice-presidente executivo da Weber Shandwick e Edward Pimenta, diretor do G-lab – estúdio de branded content de publicações do Grupo Globo.

Durante o encontro, os executivos falaram sobre as transformações que o digital vem trazendo às corporações e como essas mudanças impactam as áreas de comunicação interna e externa.

“É difícil pensar em uma indústria mais impactada pelo digital quanto a da comunicação. Tudo mudou de maneira radical. Se antes as empresas tinham a impressão de que poderiam controlar alguma coisa nos seus processos de comunicação, com o avanço do digital isso se tornou impossível”, afirma Eward Pimenta, diretor do G-lab.

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“Essa é a grande mudança porque à medida que você democratiza as plataformas de comunicação e começa a formar um público cada vez mais crítico e participativo, já que ele pode fazer, ao alcance de um toque comentários que venham desestruturar seis meses ou um ano de trabalho, muda completamente a maneira como pensar internamente em comunicação”, aponta.

Para o executivo, nesta era, a transparência passa a ser um valor fundamental. “O avanço do digital reformatou a vida das empresas e, especialmente, a maneira como se faz comunicação. Porque agora tudo que você faz dentro e fora é visto por todo mundo ao mesmo tempo, 24 horas por dia, sete dias por semana e o papel do comunicador mudou”, defende.  

Transformação

Everton Schultz, da Weber Shandwick, acredita que as dificuldades não são necessariamente da área de comunicação, mas sim da empresa. “Muitas vezes os desafios que vêm para as áreas de comunicação são do negócio em si e acho que a maior questão é trabalhar a cultura. Porque você pode desenvolver tecnologias, transformar seu negócio digitalmente, mas se o envolvimento humano não acontecer de fato, se não tiver um entendimento na organização de que o digital não é uma área isolada, não é algo que está na área de inovação, que não é algo que a IBM vai fazer, mas que está na nossa vida, no nosso cotidiano e que as pessoas assumam isso como realidade, essa transformação não acontece”, diz.

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Para Sérgio Gama, da IBM, é preciso que a comunicação seja ativa e vá aonde estão seus públicos. “Quando a gente fala em transformação digital é sim mudança de cultura. Eu preciso estar aonde esses caras estão. Não adianta eu chamar as pessoas para o meu canal. Eu vejo muita empresa dizer: baixe o meu aplicativo, isso é um absurdo. Ninguém mais quer baixar aplicativo. A empresa tem que estar aonde o cara está: no Facebook, no WhatsApp, no Instagram”, vaticina.  

Já para Cristiana Brito, a mudança passa também pela co-criação e envolvimento das diferentes frentes da empresa. “A Basf é uma empresa de 150 anos, que tem como base a inovação e a sustentabilidade e por ter 150 anos você precisa estar sempre se renovando. Como a gente faz isso? A gente co-cria, se escuta e participa dos diálogos. A comunicação não fica longe disso, porque temos que estar à frente. Ela tem que estar à frente do seu tempo e fazer um evento como esse é escutar e debater como podemos ser pioneiros. A digitalização é um dos pilares da estratégia global da Basf, ela está presente em nossa comunicação, tem que estar e estamos nesse espaço de inovação para poder debater o que vem pela frente”, finaliza.