Divulgação

A expectativa de crescimento para o varejo online em 2016 é de 18%, segundo dados do eBit. Em 2015, na comparação com 2014, o crescimento havia sido de 15%. Esse é um dos dados que mostram que o segmento do varejo online é bastante promissor.

Qual é o caminho que leva o internauta a comprar um produto no varejo online?

Se considerarmos a jornada do consumidor e fizermos uma correlação entre uma informação captada do banco de dados versus as necessidades básicas desses consumidores, temos algumas pistas sobre as formas como ele é impactado: o banner que aparece estrategicamente logo após a busca por um produto; o já tradicional retargeting; a correta segmentação de interesses do internauta; um local onde o consumidor pode acompanhar e comparar as experiências de amigos ou outras pessoas – isso apenas para citar algumas possibilidades.

Qualquer resposta à pergunta acima inclui um mix de ferramentas que combina tecnologia, planejamento estratégico, curadoria do “Big Data” e um olhar atento sob a ótica do consumidor, sempre com o compromisso de entender, de fato, quais são os passos de sua real jornada.

Recentemente, durante o KES – (Knowledge Exchange Sessions), realizado em junho deste ano, um dos temas mais discutidos foi a Inteligência Artificial e o quanto os bancos de dados (Big Data) impactam o olhar e a vida dos consumidores. O termo Big Data se refere a volumes de dados complexos que são analisados por softwares de alto processamento, que conseguem estruturar e organizar toda essa informação. Já a inteligência artificial é tudo aquilo que se assemelha à inteligência humana por meio de softwares e hardwares que podem raciocinar, analisar, tomar decisões e resolver problemas. Dessa forma, é essencial que essas duas tecnologias estejam no planejamento estratégico das operações de comércio eletrônico, independentemente do porte do negócio.

Grandes marcas precisam ser construídas, mantidas vivas na cabeça das pessoas – e isso não se faz somente com robôs ou com sistemas. O ideal é mesclar a construção de branding e os resultados de performance das campanhas. Mas como ganhar relevância em um cenário onde marcas baseadas em plataformas de tecnologia passaram a pautar nossas necessidades diárias de locomoção, pesquisas, viagens, etc?

Se as máquinas já substituem diversas tarefas do dia a dia, por que não seriam capazes de simular as escolhas de uma pessoa sobre a compra do produto X ou Y? Trazendo para a realidade do dia a dia e a conexão das marcas com os consumidores, sentimos que apesar de tanto se falar em “explosão” do dado, big data para lá e para cá, a grande ironia é justamente ainda não termos definidas estratégias mais definidas sobre como utilizar esses dados. Enquanto marqueteiros e publicitários procuram essa resposta em inúmeros testes com novas plataformas que aparecem diariamente no mercado, a verdade é que ainda estamos começando a conhecer e a entender as melhores maneiras de utilizar os dados em conjunto com a inteligência artificial.

Diante disso, fica o desafio: é necessário investir mais no aprendizado sobre a melhor maneira de usar as informações que temos em mãos. Só assim será possível chegar a um verdadeiro insight e, consequentemente, a uma ação efetiva para atingir o consumidor.  Coisa que nós, humanos, ainda podemos fazer melhor que os robôs.

Alexandra Mendonça, gerente do Mercado Livre Publicidade