São Paulo foi considerada a melhor cidade para quem quer começar uma startup na América Latina, segundo o Ranking Global Startup Ecosystem 2015. E como incentivo para fomentar ainda mais esse mercado no Brasil, a partir de setembro, um centro empresarial com mais de três mil metros quadrados, chamado Cubo, começa a operar na cidade com capacidade para 50 startups. 

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A iniciativa sem fins lucrativos é do Itaú Unibanco em parceria com a Redpoint eVentures, companhia do Vale do Silício de capital empreendedor para empresas de internet, dona de parte do Groupon e Netflix, por exemplo. “Estamos muito animados com o lançamento do Cubo e o marco que isso representa. Apoiar o desenvolvimento do ecossistema é uma parte importante de nossa missão na Redpoint. Além de ser um novo pilar e ponto de encontro, temos certeza de que o Cubo irá marcar o início de uma nova fase, mais acelerada e colaborativa, em nosso mercado”, afirma Anderson Thees, sócio-fundador da Redpoint e.ventures.

O espaço físico, construído na Vila Olímpia, em São Paulo, é um fomento para o empreendedorismo digital, explica Flavio Pripas, diretor do Cubo. “A estrutura vai proporcionar encontros dos empreendedores com outros empreendedores, investidores e mentores. Sendo assim, os que desejam empreender terão infraestrutura e serviços, networking, exposição de marca, além de participação em cursos e eventos. Os investidores poderão conhecer, entender e encontrar startups para investir, além de se atualizarem com as tendências do mercado. Estudantes também terão a oportunidade de participar das palestras e eventos, e ficar em contato com novas oportunidades”, esclarece Pripas.

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Estudos internacionais sobre o crescimento de startups apontam que para bons negócios florescerem é importante haver um ponto de encontro para que as pessoas troquem expertises sobre diversos assuntos e troquem experiências, analisa Pripas. Com isso, o Cubo chega para preencher essa lacuna e reunir, em um mesmo espaço, não só as statups, mas os todos interessados em criatividade, tecnologias e inovações digitais.

“No Brasil, somos os primeiros com um projeto de plataforma aberta, ou seja, somos acessíveis para todo o mercado, com circulação livre de pessoas interessadas nas residentes, que são as startups instaladas no Cubo. Fizemos uma curadoria para a seleção das salas de coworking e cerca de 250 pessoas vão circular pela estrutura montada para promover eventos, aulas e workshops voltados para o universo digital”, explica o diretor do projeto.

Para iniciar as operações, 80% do espaço já está preenchido com startups das mais variadas verticais, ressalta Pripas. “Ainda não é comum que as empresas contratem startups no Brasil, por isso queremos ampliar essa atuação e conexão entre os serviços oferecidos por elas e as demandas das companhias”.

Por ter aporte de duas grandes empresas, Pripas garante que os preços cobrados pelo aluguel das salas no Cubo têm valores próximos aos do mercado e que o objetivo é justamente oferecer uma estrutura diferenciada com preços mais baratos. E por falar em estrutura, são três andares de coworking, um andar para workshops e treinamentos, um anfiteatro para 130 pessoas, espaço para café e terraço com lounge para interação e eventos.

“A união de forças entre Itaú e Redpoint e.Ventures faz do Cubo um novo modo de fomentar o mercado de empreendedorismo tecnológico na América Latina, tornando-o mais inovador e transformador para toda a sociedade”, explica Ricardo Guerra, diretor executivo do Itaú Unibanco. “Para isso, a iniciativa apoiará desde startups digitais em estágio avançado até empreendedores que precisam de incentivo para tirar sua ideia do papel com oferta de infraestrutura de qualidade, networking e conteúdo de educação empreendedora.”