Durante a conferência Build 2017, que reúne os desenvolvedores da Microsoft, um relógio de pulso foi apresentado para controlar os tremores de quem tem Doença de Parkinson. O dispositivo foi pensado por Haiyan Zhang, diretora da divisão de Pesquisa e Inovação da Microsoft, para Emma Lawton, designer que tem a doença e inspirou o desenvolvimento das funcionalidades para que realizasse as atividades de sua profissão. É por isso que o gadget ganhou o nome de Emma Watch.

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O evento aconteceu em Seattle, nos Estados Unidos, entre os dias 10 e 12 de maio, onde o protótipo foi apresentado. Ele emite vibrações que enganam o cérebro e diminuem os tremores das mãos sensivelmente, mesmo que não acabem totalmente.

A Doença de Parkinson é uma doença crônica, progressiva e degenerativa do sistema nervoso central. Ela é causada pela diminuição intensa da produção de dopamina, substância que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas. Ela também ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, dispensando o pensamento em cada movimento realizado pelos músculos. Na sua ausência, o controle motor do indivíduo é perdido.

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Com isso, o relógio vem com o objetivo de quebrar essa confusão causada pela ausência da dopamina, fazendo com que o cérebro se concentre no pulso e estabilize os movimentos da mão. O padrão das vibrações emitidas é controlado por um aplicativo em um tablet com Windows 10. Um vídeo foi produzido para mostrar as pesquisas desenvolvidas por Zhang e a primeira experiência de Emma usando o relógio.

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Primeiro, ela escreve o nome sem o dispositivo, e não consegue dar formato às letras. Depois, com o relógio no pulso, Emma se emociona por conseguir, depois de tantos anos, escrever seu nome e desenhar um quadrado. Infelizmente, o gadget não é capaz de parar o tremor, mas a designer afirma que, apesar de não ser perfeito, é possível escrever de forma ‘muito melhor’.

Essa pode ser, segundo Zhang, uma medida rápida e emergencial para quem tem Parkinson, pois controla os tremores. A doença não tem cura e atinge mais de 10 milhões de pessoas no mundo. Apesar da solução ter se mostrado eficiente, ainda não há previsão para que o produto chegue ao mercado.

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