Não é segredo o cenário conturbado que Facebook e Google vêm passando nos últimos meses. Escândalos de vazamento de dados, acusações de disseminação de notícias falsas e multas bilionárias diante de monopólio têm atingido em cheio as duas maiores companhias do mercado de tecnologia. Ainda assim, elas registraram crescimento consistente na receita referente ao segundo trimestre.

A companhia de Mark Zuckerberg, por exemplo, anunciou faturamento de US$ 13,23 bilhões no período, aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. Parte majoritária desse lucro vem de publicidade em dispositivos mobile: o equivalente a 91% da receita, segundo informações do site Engadget.

O número de usuários ativos também cresceu mensalmente, totalizando 2,23 bilhões (+1,54%), mas na Europa, o sinal amarelo foi acesso. A rede social perdeu mais de um milhão de consumidores devido a rigidez imposta pela nova legislação de proteção de dados pessoais (GDPR).

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O anúncio foi feito em uma conferência realizada por Mark Zuckerberg nesta quarta-feira (25), em que o executivo destacou que o objetivo da companhia é continuar disponibilizando recursos que dê mais privacidade e segurança aos usuários. Exemplificou com as iniciativas de transparência para anúncios, especialmente com a aproximação das eleições primárias onde serão eleitos governadores e parlamentares nos Estados Unidos neste ano. O executivo se mostrou também confiante em relação as demais empresas do grupo: Whatsapp e Instagram.

Panorama semelhante de crescimento experimentou o Google no segundo trimestre. Sua receita líquida teve crescimento de 25%, totalizando U$26.24 bilhões. O anúncio também foi feito nesta segunda-feira (23), e teve como principal responsável pelo desempenho, a publicidade em suas plataformas, tais como Youtube e sistema de buscas, além dos investimentos no sistema operacional Android.

Segundo informações do Financial Times, novos formatos de anúncios em vídeo e para dispositivos móveis elevaram em 58% o número de vezes em que os usuários clicaram na publicidade do Google.

Mas nem tudo são flores na companhia. Na semana passada, a empresa teve de pagar multa de 4,3 bilhões de euros por ser acusada de usar o Android para manter o monopólio de seu aplicativo de buscas em smartphones na União Europeia. Isso porque a empresa estava exigindo que aparelhos que já viessem instalados com o sistema operacional também viessem com o Google Busca. A empresa tem 90 dias para alterar os termos de contrato para o uso do sistema operacional.