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O Facebook anunciou nesta quarta-feira (4) novos termos de serviço e uso de dados, com a meta de deixar mais claro às pessoas que tipo de informações são coletadas e utilizadas. Coincidentemente, a novidade foi anunciada no mesmo dia em que se revelou que o escândalo da Cambridge Analyica envolveu dados de 87 milhões de pessoas, e não 50 milhões, como se imaginava. Pelas novas regras, as empresas que usam a plataforma deverão mudar a forma como se comunicam com as pessoas sobre a coleta de dados. 

Nos novos termos, a empresa também esclareceu algumas questões, em documento assinado por Erin Egan, vice-presidente de privacidade, e Ashlie Beringer, diretora jurídica. Primeiro, falou sobre as novas ofertas, como a possibilidade de comprar e vender itens no Marketplace, iniciar uma arrecadação para uma causa que você defende, compartilhar vídeos nos formatos Live e 360, e também adicionar efeitos criativos às fotos.

Também foram esclarecidos temas como o do uso de informações. “Temos a responsabilidade de manter as informações das pessoas seguras e protegidas, impondo restrições rigorosas sobre como nossos parceiros podem usar e divulgar dados”, afirmaram. Em relação à publicidade, o Facebook afirmou que as pessoas “têm controle sobre os anúncios que você vê e nós não compartilhamos suas informações com os anunciantes”. E, pela primeira vez, denominou outras empresas do grupo – WhatsApp, Instagram, Oculus e Messenger — como companhias Facebook.

O presidente Mark Zuckerberg teve seu depoimento ao congresso dos Estados Unidos confirmado para a próxima quarta-feira (11).  Ele falará à Comissão de Comércio e dois deputados a cargo dela, Frank Pallone e Greg Walden, afirmaram que a audiência será uma boa oportunidade para debater a questão da privacidade de dados e ajudará os cidadãos a entenderem melhor o que acontece com suas informações na internet.

O executivo também deu uma coletiva por telefone a jornalistas de todo o mundo. Reafirmou sua vontade de permanecer como CEO do Facebook, e afirmou que “viver é aprender com os erros e descobrir como seguir adiante”. Segundo parte da imprensa internacional, há uma grande pressão dos acionistas da empresa, que perdeu mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado, para que Zuckerberg seja substituído.

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