Pegando carona na decisão do banco Santander de cancelar a exposição “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira”, em Porto Alegre (RS), após críticas de que as obras incitavam zoofilia e pedofilia, a livraria Leonardo da Vinci lançou sua primeira queima de livros. No anúncio de oportunidade em sua página no Facebook, a empresa carioca destaca que a promoção “é uma queima para intolerante e fascista nenhum botar defeito”.

De 13 a 16 de setembro, a livraria fornecerá descontos de até 45% para consumidores que comprarem livros de arte. Se a obra tiver a palavra “sexo” no título, por exemplo, tem 5% de desconto, que pode ser somado a mais 5% se houver nudez na capa. E se no ato da compra o cliente levar um isqueiro ou fósforos leva outros 10%.

A postagem já foi compartilhada mais de sete mil vezes e quase 500 comentários, majoritariamente, positivos sobre a postura da livraria. “Quem produz e trabalha com livros e cultura sempre teve que resistir aos discursos de ódio que, com diferentes justificativas e posições, existiram em vários contextos históricos”, comentou a Leonardo da Vinci no Facebook. “Lugar de fanático de qualquer espécie definitivamente não é em livraria (nem em museu), pois fanáticos já têm todas as respostas e podem resumi-las em um clichê ofensivo qualquer, achando-se no direito de censurar as visões diferentes da sua”.

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