O primeiro Grand Prix do Brasil saiu no segundo dia do Cannes Lions 2019 e foi para a AKQA e Stink Films. A agência e a produtora receberam o prêmio máximo do festival na categoria Entertainment Lions for Music, com o videoclipe “Bluesman”, para o Baco Exu do Blues, desenvolvido em parceria com o Coala Festival. Esse também é o primeiro GP do país na categoria. O clipe lançou o disco Bluesman, do Baco Exu do Blues, artista revelação do prêmio Multishow 2018. A peça principal é um curta de mais de sete minutos, que busca a quebra de estereótipos impostos aos negros pela sociedade. 

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Sobre o Grand Prix brasileiro, a presidente do júri, Paulette Long OBE, consultora de música da Paulette Long, frisou que o Brasil tem a maior população negra fora da África e disse: “nós precisamos mostrar isso”. “Bluesman é um movimento, nós precisamos ter orgulho de quem somos, precisamos mostrar essa mensagem”, destacou ela.

O júri concedeu mais um GP na categoria para “This is America”, da produtora Doomsday Entertainment, de Los Angeles, para Childish Gambino. O clipe também faz uma crítica ao tratamento da sociedade à população negra. A peça chegou a gerar certa polêmica no festival, porque a DH, LO Recife inscreveu o trabalho e entrou na ficha técnica como sendo uma peça brasileira, mas depois foi retirada.

“Eu inscrevi o clipe porque estava fazendo um trabalho acadêmico com a Doomsday e sugeri a eles a inscrição. Mas o trabalho é da produtora, é dos Estados Unidos. Em comum acordo com o festival, decidimos colocar apenas a Doomsday como empresa inscrita, posteriormente”, contou Daniel da Hora, CCO da DH, LO. Em resposta ao questionamento do PROPMARK sobre a relação da DH, LO com a produtora, a Doomsday disse que Daniel da Hora não tem nada a ver com o trabalho.

O Brasil ganhou ainda um Leão de ouro com “Mistaken Love Song”, da Artplan para o governo federal. O case aborda a violência contra as mulheres. 

https://youtube.com/watch?v=mRpC9ISq5EE%26nbsp%3B

Há mais um Leão de bronze para a Talent Marcel, com o case “See the music” para Osesp, que transforma composições icônicas em peças de arte.