O 8º Fórum de Marketing Digital, realizado pela Editora Referência e o Lide, encerrou as apresentações com o painel “Novos modelos de informação e entretenimento: o consumidor está no controle”. Estiveram presentes Marcio Franciosi Carvalho, diretor de marketing da Claro; Alessandro Maluf, diretor de produtos da Net Now; e Eduardo Becker, diretor de mídias digitais da Globo.

As discussões giraram em torno do consumo de mídia em plataformas on demand. O conteúdo da TV aberta e fechada acaba sendo procurado em ambientes móveis seguindo uma tendência forte de comportamento do consumidor. Maluf, por exemplo, afirma que há cinco anos, ao lançarem o Net Now, a primeira reação foi pensar que tiraria a audiência da TV e que seria ruim para faturar com publicidade.

Ao contrário disso, o canal GNT, por exemplo, viu crescer a busca por seu conteúdo porque deu às pessoas uma visão mais global da programação. Com isso, houve um aumento de audiência e de penetração do público no conteúdo do canal.

“Nossa biblioteca tem mais de 30 mil títulos e mais de 900 milhões de conteúdos acessados nos últimos 12 meses”, explica Maluf. 

A Globo tem investido pesado no desenvolvimento da plataforma Globo Play. Becker afirma que 60% dos brasileiros já conhecem a plataforma e 80 milhões já assistiram, pelo menos, uma vez. “Oferecemos a programação da TV a qualquer momento, onde as pessoas estão. Temos lançado alguns conteúdos primeiro na plataforma e depois na TV. Nossa produção é muito grande e não cabe tudo na grade, porque isso fazer isso on demand funciona”.

Alê Oliveira

O faturamento na plataforma digital se dá de duas formas. Becker afirma que para o conteúdo livre, que todos podem acessar, a publicidade tradicional ainda é usada em forma de anúncio. Na plataforma fechada, o modelo de assinaturas garante um faturamento maior para quem deseja ter a programação completa sem interrupções. “Existe um desafio de produzir branded content como um todo. É o desafio de fazer com que uma história, novela, série, estejam alinhados com os valores da marca, e que toda essa mensagem publicitária esteja inserida naquela história”.

Carvalho, por sua vez, falou sobre a presença de uma demanda forte por tecnologia para acessar esse conteúdo produzido e as facilidades das plataformas. A tecnologia 4k e meio já está sendo testada em Brasília e poucas cidades do mundo têm essa facilidade. “A experiência personalizada exige que as pessoas consigam acessar as inovações com agilidade e todo mundo quer qualidade. Nada melhor do que ter acesso a isso. As pessoas não querem mais limitações, querem estar à vontade para consumir”, finaliza o executivo da Claro.  

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