São vários os desafios do Mc Donald´s como marca nos últimos anos. Os questionamentos vêm de grupos contra a cultura de fast-food e, mais recentemente, também abordam os famosos brindes do Mc Lanche Feliz que fazem a alegria da criançada e, ao mesmo tempo, trazem a preocupação de alguns pais e a vigilância de diversas entidades. No Brasil, o programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, lançou hoje (10) a campanha “Abusivo Tudo Isso“, nas redes sociais. A comunicação usa como mote a subversão de um popular slogan da rede: “Amo Muito Tudo Isso”.

A ação propõe a assinatura de uma petição com denúncia para a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, com cópia para o SAC do McDonald’s. O documento sugere que a prática da empresa de anunciar e comercializar brinquedos com o intuito de promover seus produtos alimentícios para crianças é abusiva, ilegal e deve acabar. O texto ainda estimula que os participantes compartilhem a mobilização.

“Nós recebemos, o tempo todo, mensagens em nosso site, redes sociais e e-mail de pessoas indignadas com as estratégias publicitárias abusivas direcionadas às crianças por essa rede de fast food. Queremos que as pessoas saibam do seu poder de mobilização e denúnia e que a empresa tome conhecimento do descontentamento gerado por suas ações”, explica Ekaterine Karageorgiadis, advogada e coordenadora do Criança e Consumo.

Procurado pela redação, o McDonald’s emitiu um posicionamento sobre o assunto. “Esclarecemos que nossa comunicação com os consumidores é feita com responsabilidade e segue rigorosos critérios internos e práticas do setor. Por exemplo, em 2016 reafirmamos um compromisso público iniciado em 2009 junto a entidades e empresas do nosso ramo para uma publicidade responsável de alimentos e bebidas para crianças e definimos, entre outras restrições, que não anunciamos em programas, veículos e/ou canais que tenham 35% ou mais de sua audiência composta por crianças menores de 12 anos. Além disso, há 10 anos adotamos voluntariamente um compromisso e código de ética próprios em comunicação publicitária de alimentos”, informa a empresa.