Alê Oliveira

O jingle em veiculação nas emissoras de rádio AM, das Lojas CEM, com o precioso conceito de Ainda bem que tem, é um achado por ser universal: cabe em muitos segmentos do mercado, com destaque para uma rede de lojas de varejo.

Jocosamente, aproveitamos com adequação também neste editorial, para reafirmar que, apesar das lambanças na política e das disputas em alta temperatura atualmente em nosso país, temos de admitir na reta final da campanha política e das próprias eleições deste ano que ainda bem que as temos.

Estamos a poucos dias da realização do segundo turno, que apontará o novo presidente da República e alguns governantes em estados que não conseguiram preencher o cargo no primeiro turno.

De nossa parte, lamentamos profundamente o tom de baixaria havido em algumas regiões do país, com a contribuição dessas filhotas dos novos tempos que vivemos, traduzidas nas fakes news. Em eleições anteriores, sob outras denominações, elas também se fizeram presentes, mas ganharam mais força agora com o avanço da mídia digital, aliada inconteste das tentações das fakes.

Por outro lado, temos de admitir que em termos de criatividade tivemos campanhas melhores no passado recente. Talvez tenha contribuído para essa rebaixa de qualidade a falta de dinheiro dos partidos políticos e dos seus candidatos, com seus caixas diminuídos nesta era pós Lava-Jato e outras lavagens.

Há que se considerar também – e isso envolve não apenas os candidatos, mas também e principalmente uma boa mensuração do eleitorado – um certo tipo de acirramento entre as facções políticas, descambando não raro para o ódio.

Pode ser tomado como símbolo maior e inconteste desse quadro o ataque criminoso ao candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, na pacata Juiz de Fora (MG).

Por não ter sido atitude de um demente e também por terem sido afastadas as possibilidades de um complô contra o candidato – e neste caso o autor da facada seria apenas parte dele – pode-se pelo menos até aqui debitar o tresloucado gesto à força do ódio, que em algumas pessoas chega às raias do absurdo, como neste caso.

Chama a atenção também o inconformismo de um dos partidos finalistas à disputa presidencial, com muitos dos seus principais representantes beirando a esquizofrenia diante da possibilidade da derrota. Há que se pensar, nesse caso, nas vantagens que ela pode produzir aos cidadãos bem-intencionados, que uma vez derrotados nas urnas prosseguirão prestando bons serviços à pátria, se assim desejarem, fiscalizando os vencedores.

Além do mais, temos de admitir ser útil para o país a alternância de poder. A longa permanência dos mesmos quadros na direção do país traz acomodações e vícios que devem sempre ser evitados.

Os países, assim como as empresas e as instituições em geral, precisam de renovação nas suas gestões, para que o novo chegue mais depressa.

O mais importante nesse processo todo, e ainda bem que tem, é haver eleições com a frequência determinada pela legislação pertinente.

Quanto mais praticarmos o voto, melhores condições teremos em nossas escolhas, tanto com vistas aos candidatos quanto aprimorando nossa capacidade de escolha.

 

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A possibilidade de alternância no poder maior da República, que vem se reafirmando através das sucessivas pesquisas eleitorais, tem produzido reações positivas em todo o mercado brasileiro.

A atividade da comunicação publicitária, que muito sofreu nos últimos dois, três anos, começa a se livrar dos males da recessão econômica.

O clima no mercado já é outro, os meios estão recebendo maior volume de veiculações e já se consegue prever um fim de ano melhor que os mais recentes, embora o novo governo só venha a tomar posse dia 1º de janeiro.

O fator confiança começa a ditar as normas, como no passado recente, estabilizando a economia e produzindo desde já resultados animadores.

Há quem se atreva a prever o ano de 2019 como o melhor da sua década, para a economia brasileira e em especial – e por consequência – para a atividade publicitária.

 

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A Globosat promoveu na noite do último dia 18, na Casa Fasano (SP), o evento Conexão Globosat, cuja matéria de cobertura nesta edição, assinada por Alisson Fernández (fotos de Alê Oliveira), indica no seu título conteúdo e destino do mesmo.

Em torno de mil convidados especiais compareceram na Casa Fasano, que precisou fechar suas portas ainda com convidados chegando, devido à grande afluência de representantes de anunciantes, agências, produtoras e demais setores do mercado brasileiro da comunicação.

A programadora brilhou ao exibir para o público presente a rapidez com que as suas marcas se adaptaram às mudanças do mercado nos últimos tempos.

Após as falas de Fred Müller, diretor-executivo comercial da Globosat, e Manuel Falcão, diretor de marketing da mesma, atrações como Tatá Werneck entrevistando Marcos Quintela, do Grupo Newcomm, e a Banda Dominó (1980) executando Manequim fizeram o público delirar.

 

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Na agenda do mercado na noite de 6 de novembro, imperdível o compromisso com os responsáveis pelas empresas de mídia OOH, com um show de Gui Boratto na Casa Natura Musical (SP). Na ocasião, entrega do 1º Prêmio OOH de Criatividade, promovido pela Abooh.

 

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Este Editorial é em homenagem a Edu Simon, CEO da DPZ&T, pela dinâmica e criativa condução da agência que há 3 anos nascia da fusão de duas outras (DPZ e Taterka), responsáveis por grandes cases publicitários no mercado brasileiro.

Nesta edição, um balanço de resultados financeiros e criativos da DPZ&T, narrados por Rafael Urenha, CCO da agência.

 

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Merece aplausos a campanha do WhatsApp veiculada na mídia impressa combatendo boatos e notícias falsas na rede. A campanha dá a dica de combate às três situações mais comuns nesse tipo de comportamento reprovável: 

1. Saiba identificar notícias que possam ser falsas; 2. Sempre verifique outras fontes; 3. Ajude a parar a divulgação.

Condutor natural do que chama de boatos e notícias falsas, o WhatsApp esforça-se agora para evitar o que mais ajudou e ainda ajuda a disseminar.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda (aferrentini@editorareferencia.com.br).