A consultoria britânica dunnhumby, focada em ciência do consumidor, realizou um estudo para identificar quais são os hábitos, atitudes e produtos que os brasileiros consideram saudáveis. A pesquisa foi realizada com 981 consumidores, com idade a partir de 18 anos, das classes ABC, e aponta que 52% das pessoas se considera saudável. O interessante é que, de acordo com o levantamento, em termos de saúde, os brasileiros atribuem mais importância a aspectos mentais (73%) e sociais (75%) do que a aspectos físicos (65%). Dentre os atributos que contribuem para a saúde, o sono é o mais importante para os entrevistados: 80% afirmam que concordam ou concordam muito com a afirmação de que uma boa noite de sono é importante para a saúde. Já 74% afirmam que concordam ou concordam muito com a afirmação de que ter fé ou otimismo é importante para a saúde e 78% dizem o mesmo a respeito de sentir-se bem consigo mesmo.

“Há consciência  de que ser saudável não é só físico, ou seja, ingerir alimentos saudáveis. O conceito de saudalibilidade vai além do físico e inclui saúde mental e social. A palavra-chave é equilíbrio”, observa Fabricio Chagas, gerente de inteligência de mercado da Dunnhumby no Brasil.  

De acordo com o estudo, 52% das pessoas se consideram saudáveis, mas a satisfação com relação ao seu estado tende a ser mais baixa. Outras 48% dizem ter uma alimentação saudável e, mesmo entre aqueles que não têm esse hábito (52%), há uma preocupação com os alimentos e bebidas que consomem. Os brasileiros estão dispostos a pagar um pouco a mais por produtos que consideram saudáveis, mas o preço ainda limita o consumo em maior escala. Frutas, verduras, legumes, carnes e laticínios fazem parte do cardápio, mas produtos industrializados também entram nesta cesta, embora para menos consumidores. Entre as bebidas, chás, refrigerante e água de coco se destacam.

 Ao todo, 69% das pessoas afirmaram que consumiriam produtos saudáveis se o preço fosse igual, e 66% estão dispostos a pagar um pouco mais por produtos saudáveis – apenas 12% gastariam muito mais. São 38% as pessoas que consomem apenas a versão normal dos produtos, e destas 62% afirmaram que não pretendem trocá-los por versões light/diet/zero, colocando 23% das pessoas fechadas a este tipo de produto. No caso dos refrigerantes, 74% das pessoas afirmam que conhecem a diferença entre as versões light e diet, sendo que 46% trocam refrigerantes por bebidas mais saudáveis sempre que possível, e 43% os consomem apenas no fim de semana. Ao todo 62% dos entrevistados reconhecem a embalagem de vidro como mais saudável.