Aos 22 anos, a Mark Up reúne uma coleção de histórias que começam quando o live marketing ainda se chamava below the line. Nessa época, o marketing de incentivo “entrava pelas portas dos fundos”, ilustra Silvana Torres, fundadora e presidente da agência. No entanto, parece que o jogo virou e as estratégias passaram a ser essenciais no diálogo da marca com os consumidores por tocar em um ponto importante para os negócios: o volume de vendas. 

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Com a evolução do segmento, o digital deu cara nova para as campanhas e o marketing de incentivo virou plataforma de relacionamento. “Fazemos treinamentos, eventos, convenções, estimulamos vendas, damos recompensas e estabelecemos os contatos internos das empresas. Há alguns anos, quando as plataformas não eram fixas, começávamos do zero a cada novo projeto. A partir do momento em que tudo já está pronto, é só trabalhar dentro de cada ambiente, porque é dessa leveza que ocorre a comunicação”, afirma Silvana.

A necessidade de mobilidade transformou as plataformas em aplicativos, capazes de acompanhar os usuários e servir de base para estratégias, ações e para o trabalho do dia a dia.

Quem acha que ao desenvolver uma campanha de incentivo a agência se limita a essas ações, pode estar enganado. “Nada impede que, ao mesmo tempo, a gente faça uma promoção para o consumidor final ligada à campanha de incentivo de vendas, por exemplo”, diz.

O BI (Business Intelligence) nesse contexto se torna um grande aliado da agência. Toda a coleta de dados das plataformas passa por uma análise minuciosa, destrinchando as estratégias para saber os reais resultados. Com essas ferramentas, é possível ir além do superficial e enxergar o que os times de marketing não conseguem ver. Silvana explica que as recomendações estratégicas que surgem dessa interpretação avançada coloca a agência em contato com o board, em uma posição ‘cirúrgica’, porque aumenta share, gera economia, assertividade e precisão.

“O cliente te enxerga como uma agência também de negócios e começamos a entrar pela porta da frente”, diz Silvana.

Ela afirma, também, que o alinhamento com as marcas está mais estratégico, porque muitas das recomendações têm impacto direto na área de publicidade. “Notamos que o pull de agências oferecendo negócios traz uma visão geral que resulta numa solução única, que dialogue com os negócios e não com as disciplinas separadamente. Temos transformado a agência de marketing de incentivo em uma aproximadora de áreas que geram soluções”.

Entre os clientes da Markup, Johnson & Johnson oferece o programa Vip Club aos funcionários com o objetivo de motivar as vendas. A plataforma funciona como uma rede social, em que a timeline traz informações aos funcionários, coordenadas pelo John John, âncora para o time de vendas da companhia. “Lá você encontra treinamento, propaganda, mix de produtos que precisam ser vendidos, regras para vender melhor. Ao longo do ano, recebem reconhecimento, premiações e, no final, uma grande viagem reconhece os destaques”, explica Silvana.

A Volkswagen, por sua vez, tem uma plataforma para concessionários, envolvendo gerentes, supervisores e vendedores. Nela, os colaboradores passam por treinamentos, incentivos e conteúdos que se transformam em ‘Territecas’, moeda de valor simbólico da empresa, usado para o resgate de prêmios em um catálogo eletrônico e o acúmulo de pontos para um ranking final valendo uma viagem. A Colgate também tem uma plataforma para os vendedores dos distribuidores, chamada Superclube. Com o sucesso, no dia 1º de agosto o projeto começa para o varejo e, no próximo ano, para a área de farma.