A recuperação da economia observada no primeiro semestre deste ano e a Copa do Mundo contribuíram para o aumento dos investimentos em mídia durante o período. A compra de espaços publicitários nos meios e veículos monitorados pela Kantar Ibope Media atingiu R$ 69.8 bilhões em valores brutos. O crescimento é de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os seis primeiros meses também tiveram mais de 33 mil anunciantes nos meios e veículos monitorados, 9% a mais que o registrado no ano anterior. Os cinco primeiros anunciantes são Genomma, Hypera Pharma, Ambev, Unilever Brasil e a Claro. Em relação ao mesmo período de 2017, nove marcas não estavam entre os 30 maiores: Bradesco, BRF Brasil Foods, Samsung, Reckitt Benckiser, Banco do Brasil, Dolly, Restaurante Madero e Pina Resende.

O pico de investimento no primeiro semestre ocorreu em maio, um mês antes do início do Mundial, porém o maior crescimento em relação ao ano anterior foi em abril, com o aumento das campanhas sobre o evento. Apesar do bom semestre, Rita Romero, diretora de Business Insights and Development da empresa, comenta que o período eleitoral pode afetar a segunda metade do ano. “Assim como em 2014, observamos uma ascensão na curva de investimento em mídia no primeiro semestre e crescimento nos principais mercados aferidos. No entanto, em virtude da diminuição da oferta de espaços publicitários disponíveis durante o período eleitoral, a tendência é que o desempenho durante a segunda metade do ano siga em um patamar inferior ao apurado até aqui”, explica.

Plataformas
A TV (aberta, paga e merchandising) absorveu a maior parte dos valores com crescimento de 7% em relação ao ano anterior. A TV por assinatura registrou aumento de 22% e as ações de merchandising realizadas no meio cresceram 8%. Já os investimentos destinados aos formatos display e search aumentaram 69% no período. 

Out of Home e Rádio cresceram 27% e 8% respectivamente. Em OOH, as categorias que mais se destacaram no meio foram as lojas de departamento (163%) e as de serviços de saúde e de eventos sociais e culturais (28% cada). No Rádio, o crescimento foi impulsionado pelos investimentos destinados pelas categorias de Super e Hipermercados e de Ensino Escolar e Universitário, com crescimento de 24% e 26% respectivamente.

Setores Econômicos e Categorias
O comércio continua na liderança entre os setores, representando 18% dos valores destinados pelas marcas para espaços em mídia. Ele é seguido por Serviços ao consumidor e Financeiro e securitário. Os três representaram 41% de toda a atividade publicitária e tiveram crescimento de 19%, 33% e 25%, respectivamente. A categoria Cartões de crédito e débito figuram na 12º posição com 88% de crescimento em relação ao ano anterior. Em 2017, ela não estava entre as 30 maiores no período.

Agências e praças

Entre as agências, a Y&R mantém a primeira posição com o equivalente a R$2,2 bilhões em mídia. Ela é seguida por Africa (R$ 1,7 bi), a house My Agência (R$1,5 bi), Leo Burnett Tailor Made (R$ 1,48 bi) e a Publicis PBC Comunicação (R$ 1,46 bi).

Já nos locais monitorados, os 15 maiores em valores publicitários brutos cresceram 9% em relação ao período anterior e representam cerca de 60% da compra de espaços publicitários. São Paulo continua na liderança (24%), seguido por Rio de Janeiro (9,6%), Belo Horizonte (3,6%), Porto Alegre (3,2%) e Curitiba (2,4%).

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