A Odebrecht lançou hoje uma campanha relâmpago (duração de um dia), pedindo desculpas a população brasileira pelos erros cometidos através da sua participação em “práticas impróprias em sua atividade empresarial”, conforme o copy das peças. Virando a página, e provocando com isso, um jogo de palavras, a empresa assume dez compromissos com o país, devidamente listados no copy. 

Nos jornais, a veiculação foi de uma dupla frente e verso, que rapidamente historia o seu envolvimento voluntário de corrupção em obras públicas, abrindo mão de muitos detalhes por se tratar de uma história toda pública e notória.

A empresa pode receber criticas e elogios pela sua atitude. As opiniões a respeito ficarão divididas, dada a complexidade do assunto e o volume do prejuízo que as suas atitudes de “violação dos seus próprios princípios”, causou a todo o país.

Porém, temos que levar em conta a importância da Odebrecht para o mercado de trabalho e para a própria economia brasileira.

O pior dessa história negativa da empresa, seria o seu fechamento.

Assim, como todos os que erram e diante das circunstâncias pedem desculpas abertamente, a Odebrecht a nosso ver merece ser acolhida em seu pleito, não sem antes restituir aos cofres públicos tudo o que ganhou de forma ilícita nas concorrências fraudadas.

Como está para ser divulgada a delação premiada dos seus dirigentes, é possível que a redenção da empresa colabore para que o país se livre de uma boa safra de governantes e políticos igualmente desonestos e sem a capacidade de recuperação que a Odebrecht promete demonstrar.