Os próximos dias prometem ser de pasmaceira geral, seguindo a antiga regra brasileira de que o ano só começa após o Carnaval.

Na verdade, este 2017 não está sendo exatamente assim. Janeiro foi proporcionalmente melhor que o anterior (2016) e mesmo fevereiro, até aqui, considerando-se apenas o segmento publicitário, não foi tão ruim como se esperava.

Mas, a semana que se inicia promete ser modorrenta, o que vai atingir a primeira metade da outra, com o Carnaval em curso.

Passada a Quarta-Feira de Cinzas, há uma boa expectativa de retomada da economia. Alguns índices já têm apontado nessa direção nos últimos dias, embora os pessimistas de plantão não se cansem de propagar que a nossa recuperação só ocorrerá a partir de meados de 2018.

Não apostamos nisso. O país já vem apresentando sinais de melhora na economia, que para muitos podem não satisfazer, mas para quem passou o pior dos últimos tempos no Brasil em 2015 e 2016, é um bom prenúncio.

Apesar desse quadro que entendemos favorável, a questão política ainda preocupa, pois, embora se perceba que a maioria dos brasileiros refuta o passado recente (e uma boa amostra disso foi a vitória de João Doria em São Paulo, obtida no primeiro turno, o que nem o candidato esperava), há um pedaço considerável de conterrâneos que prosseguem torcendo para tudo dar errado no atual governo, provocando com isso a possibilidade de volta de Lula da Silva à Presidência da República.

Uma pesquisa, para nós pouco confiável, foi divulgada nos últimos dias, dando conta de que o ex-presidente alcançou mais de 30% das preferências para ganhar nas próximas eleições.

Trata-se para nós de um absurdo, depois de tudo o que tem sido revelado sobre o antigo líder sindical. Não é crível que quase um terço da nação ainda tenha esperanças de vê-lo novamente no Planalto. Isso, sem considerar que ele pode estar inelegível, caso seja condenado pela Justiça Federal, antes das eleições de 2018.

Mesmo que não venha a ser, porém, é necessário que se repense sobre toda a sorte de problemas que atingiram nosso país sob as gestões de Lula e Dilma, não só atrasando o nosso desenvolvimento, como trazendo estragos incalculáveis à nossa economia, onde os milhões de desempregados (ainda) e milhares de pessoas jurídicas sentiram a infelicidade de se viver em um país que tinha tudo para dar certo, antes desse novo período de governo petista e que com o início desse ciclo acabou penetrando na maior crise da história brasileira desde 1500.

Já está mais do que na hora de procurarmos outros nomes para dirigir este país gigantesco. A própria pesquisa, que foi exaustivamente divulgada pelos interessados na volta de um passado recente que felizmente não se repetirá, jogou com os mesmos nomes de sempre, sem cuidar de introduzir alguns novatos no processo sucessório.

O Brasil não pode querer o retorno de pessoas incapazes de governar, o que acabou propiciando tudo o que temos assistido até aqui de ruim para a grande maioria dos brasileiros.

Definitivamente, não podemos ser um povo masoquista.

 

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Marcos Quintela, presidente do Grupo Newcomm, é o curador de conteúdo do 8º Fórum de Marketing Empresarial, que o Lide – Grupo de Líderes Empresariais – e a Editora Referência, com assessoria do jornalista Adonis Alonso, realizarão no Sofitel Guarujá, de 18 a 20 de agosto deste ano.

Trata-se da 8ª versão desse vitorioso evento que premia importantes cases de marketing do mercado e promove um consagrado seminário com palestras de especialistas do setor, além de homenagear grandes ícones da publicidade brasileira.

 

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O mercado já sente saudade de Paulo Giovanni, que se desligou recentemente do cargo de chairman do Publicis Groupe no Brasil e, em especial, da Leo Burnett.

No seu tempo já passado de chairman dessas duas grandes marcas da publicidade mundial, e sempre atuando em nosso país, Giovanni foi um catalisador de negócios e um expert imbatível em relacionamento.

 

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Com design assinado por Filipe Birck e Matteus Faria, da Africa, inspirado nos famosos rótulos das sopas Campbell’s, a capa desta edição traz mudança nas cores da marca PROPMARK, para prestar homenagem a Andy Warhol.

Um dos ícones da cultura pop mundial, ele faleceu há exatos 30 anos, em 22 de fevereiro de 1987, e é tema de matéria especial nas páginas 20 e 21.

 

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O editorial de hoje é uma homenagem a Luiz Sales, valoroso empresário-publicitário do mercado brasileiro e mais recentemente sócio-proprietário da SPG&A, assessoria de comunicação.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda