O Fantástico entrou no ar no último domingo (5)  comemorando os seus 45 anos de existência, e 2.340 programas exibidos. Trouxe algumas novidades e uma nova abertura, gravada com bailarinos em um cenário totalmente virtual, com destaque para a participação de uma bailarina deficiente, Camille Rodrigues – todos coreografados por Caio Nunes.  Neste bate-papo, o diretor do Fantástico, Bruno Bernardes, comenta a inquietude e a busca do extraordinário, que a atração atual. 

Cicero Rodrigues/Memória Globo

Qual é o grande mérito do Fantástico, na sua visão?

O Fantástico é um programa inquieto, sempre em busca de novidade e com espaço para experimentar, arriscar. Estamos sempre em movimento. Cabe de tudo no formato.  Essa é nossa vocação e é assim que o programa se mantém líder de audiência há 45 anos.  

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Qual  o perfil da audiência do programa?

A audiência do Fantástico é bem ampla, falamos com toda a família. Nesses 45 anos o público se acostumou a ver no Fantástico grandes histórias, muito bem contadas por nossos repórteres. Em coberturas de intensa repercussão, o telespectador procura o Fantástico, à espera do inédito, do exclusivo, de uma análise mais profunda da semana. Mas também existe espaço para a música, novas tecnologias, debates sobre temas polêmicos, esporte. Atingimos uma gama variada de interesses. O Painel Nacional de Televisão (PNT) mostra, por exemplo, que a audiência do Fantástico vem registrando crescimento entre homens e mulheres. Números do primeiro semestre mostram que, nos últimos cinco anos, a audiência masculina no período cresceu 25% e a feminina, 18%. 

Como ele evoluiu,  em que ponto está e para onde está caminhando?

Estamos em uma fase muito boa. No primeiro semestre de 2018, o Fantástico teve média de audiência de 22 pontos de acordo com o Painel Nacional de Televisão (PNT). O número representa um crescimento de três pontos em relação ao mesmo período (1º semestre) de  2014. No Rio, o aumento no período foi de cinco pontos desde 2014. Em São Paulo, quatro pontos. Mas claro que o programa não pode se acomodar. Estamos investindo em conteúdo, na diversidade de atrações, e em temas que promovam debates construtivos. 

Tradição e modernidade: como juntar as duas coisas? 

O Fantástico sempre teve o compromisso de mostrar o novo, o extraordinário. O público espera ser surpreendido. Transformação está no nosso DNA, é por isso que o programa se mantém relevante e referência na TV brasileira por tanto tempo.  O primeiro Show da Vida, em 5 de agosto de 1973, apresentou uma reportagem sobre criogenia, a técnica de congelamento de corpos. Mais de quatro décadas depois, tivemos uma reportagem feita nos Estados Unidos sobre as fronteiras da inteligência artificial, uma das maiores promessas da ciência hoje. No Fantástico número 1, Marília Pêra e Sandra Bréa homenagearam Carmen Miranda e Marilyn Monroe. Na edição número 2.737, no ar dia 5 de agosto, Ivete Sangalo e a banda Melim cantaram Raul Seixas, numa releitura do clássico Gita, nosso primeiro grande sucesso em cores, exibido em 1974. E assim, lembramos uma tradição do Fantástico, os clipes que retrataram momentos inesquecíveis da nossa música. Falar em Fantástico também traga memórias das aberturas superproduzidas. Pois no domingo de aniversário (5) lançamos uma nova abertura, com dança e efeitos visuais belíssimos, mantendo o diálogo entre a tradição do Show da Vida e o que há de mais moderno. Para completar, duas estreias: Fertilidade, Um Projeto de Vida, com Poliana Abritta, e a nova temporada de Jornada da Vida, com Sônia Bridi.  

Como os 45 anos estão sendo comemorados?

Preparamos a edição especial para comemorar o aniversário de 45 anos. Uma celebração da nossa história, de um programa que se tornou sinônimo de domingo para os brasileiros,  e que ao mesmo tempo tem um olhar para o futuro. 

Veja o making of da abertura: