A Secretaria de Prefeituras Regionais da cidade de São Paulo revelou na tarde desta terça-feira (9) a vencedora da concorrência para organizar o Carnaval na capital paulista. A Dream Factory ofereceu melhor proposta e vai operar a festa. Mas diferentemente do ano passado, a vencedora não foi a que deu o melhor valor da proposta total, mas a que fornecerá todos os itens, equipamentos e serviços na quantidade prevista no edital para o evento.

A proposta também previa a necessidade de uma doação ao Fundo Especial da de Promoção de Atividades Culturais (FEPAC). Nesse quesito, a Dream Factory ofertou o valor de R$ 402,500. O lance inicial mínimo previsto era de R$ 400 mil. 

Ainda cabe recurso das demais interessadas em relação ao resultado. Elas têm prazo de três dias. Já a Dream Factory terá o prazo de 10 dias úteis, a partir da publicação do Termo de Parceria, para efetuar a doação. 

Estão previstos no Carnaval de rua neste ano cerca de 510 blocos e 557 desfiles, reunindo público estimado de quatro milhões de pessoas. A festa acontecerá entre os dias 03 e 18 de fevereiro e prevê a empresa vencedora toda a gestão e estruturação da festa, incluindo o credenciamento de promotores de venda de comida e bebida.

O preço da folia

O modelo do edital, lançado em dezembro passado segue a nova portaria Nº 70/2017–SMC/G, que em julho de 2017 criou a comissão multidisciplinar para elaborar normas para o chamamento. O grupo conta com membros representantes da Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Municipal de Justiça e Controladoria Geral do Município.

Rovena Rosa/ Agência Brasil

A exemplo dos anos anteriores, as interessadas no processo poderão participar em conjunto, de duas ou mais pessoas jurídicas como proponentes, contanto que uma assuma a posição de liderança. Em 2017, Ambev e Heineken foram finalistas do processo. A Ambev, com a marca Skol saiu vencedora com proposta de R$ 15 milhões.

As propostas do Plano Geral, que devem conter serviços e bens previstos, foram submetidas à comissão especial de avaliação, formada por profissionais indicados pela Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais. Além dos itens propostos, a empresas tiveram que oferecer estrutura mínima exigida pela prefeitura, que engloba serviços como ambulâncias de remoção, agentes de limpeza e de trânsito, banheiros químicos, entre outros.

 

Em contrapartida, o patrocinador terá o direito de fazer publicação e divulgação de sua marca em materiais impressos e digitais, além de ativações ao longo do evento. O projeto de comunicação deve ser proposto junto com as demais propostas do plano geral, com especificações quanto ao formato e a localização dos elementos visuais.

Vale lembrar que será necessário seguir as orientações da cartilha da comunicação visual para Carnaval de rua São Paulo, elaborada pela Comissão de Proteção a Paisagem Urbana (CPPU). Dentre as instruções, o patrocinador poderá, por exemplo, divulgar sua marca em banners de banheiros químicos, guarda-sois, caixas de isopor, infláveis em torno dos blocos, entre outros formatos.

Atualizada às 18h15.