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Após uma valorização média de 83% em 2015, gigantes da tecnologia como Facebook, Amazon, Netflix e Google têm enfrentado turbulências no mercado financeiro no começo de 2016. Na média, as ações dessas empresas já tiveram baixa de 17% este ano. 

Até a metade de fevereiro, enquanto o mercado de ações segue um declínio mais lento, os papéis das companhias tecnológicas estão caindo em ritmo mais acelerado em parte por causa de seu próprio sucesso e também devido aos temores relacionados à economia global e da contenção de gastos das empresas. 

Um exemplo claro deste momento ímpar para as grandes empresas de tecnologia é o índice Standard & Poor’s 500, que recuou 9,4% ao mesmo tempo em que os componentes de tecnologia do índice caíram aproximadamente 12%. Quando consideradas apenas as ações de Facebook, Amazon, Netflix e Google, o recuo chega a 17%. 

O detalhe complexo é que, embora essas empresas estejam registrando quedas nas ações, elas continuam apresentando fortes lucros e balanços positivos com recursos suficientes para financiar o crescimento futuro. No ano passado, por exemplo, a Alphabet, controladora do Google, acrescentou cerca de US$ 10 bilhões às suas reservas que já somam US$ 73 bilhões. 

De acordo com analistas do mercado, como as ações das companhias de tecnologia têm preços relativamente altos em relação a seus lucros pelo fato de investidores estarem dispostos a pagarem mais agora na esperança de participar do crescimento das empresas no futuro, os papéis se tornam mais vulneráveis em momentos de crises generalizadas. 

O LinkedIn é outra vítima da oscilação do mercado. Na semana passada, a rede social direcionada a assuntos profissionais registrou queda superior a 40% no valor de suas ações. Em um único dia, a empresa perdeu US$ 11 bilhões em valor de mercado. Foi o maior declínio desde a abertura de capital da empresa, em 2011. Para analistas de Wall Street, isso não quer dizer que o LinkedIn esteja à beira do abismo, mas sinaliza que os investidores estão acreditando menos no futuro da companhia.

Já o Twitter também vem registrando quedas contínuas nas bolsas de valores. Há um ano, a empresa valia US$ 30 bilhões e atualmente vale somente um terço disso. Apesar do ganho da rede social em receita publicitária, que aumentou 48% em 2015, a empresa sofreu uma queda de 2 milhões no número de usuários ativos – de 307 milhões para 305 milhões -, o que começa a gerar desconfiança nos investidores em relação ao crescimento futuro da empresa.

Com informações do jornal The New York Times