A Anheuser-Busch InBev NV continua disposta a comprar a concorrente SABMiller. As duas companhias são, respectivamente, a primeira e a segunda maiores cervejarias do mundo. Se a fusão realmente acontecer, o resultado será a criação de uma empresa líder em 24 dos 30 maiores mercados consumidores de cerveja do planeta. O Brasil, que é o terceiro maior, já é controlado pela AB InBev por meio da Ambev, que tem como sócio o fundo 3G Capital, do empresário Jorge Paulo Lemann.

Segundo reportagem publicada pelo jornal inglês Financial Times e reproduzido pelo Valor Econômico, Lemann é um dos principais entusiastas pela conclusão do negócio. O tema também foi comentado no Wall Street Journal, que chamou a negociação de batalha pública. A SABMiller considerou a última oferta feita pela AB InBev como insatisfatória alegando que a oferta de aquisição “subvalia a cervejaria”. Em resposta, a AB InBev retrucou que alegação não tem credibilidade e recomendou aos acionistas da SABMiller a “expressarem seus pontos de vista sem permitir que o conselho da cervejaria inglesa fruste o processo e deixe a oportunidade escapar”.

Nas últimas três semanas, a SABMiller já recusou três ofertas de compra da AB InBev.

No entanto, caso a fusão realmente aconteça, poderá surtir efeitos imediatos no mercado brasileiro, onde a SABMiller mantém uma parceria de produção e distribuição com o Grupo Petrópolis, dono da marca Itaipava, concorrente da Ambev.