A Alatur JTB, um dos principais grupos nacionais do segmento de turismo, resolveu dar um tempo nas operações de aquisições como vetor de crescimento para apostar na criação da startup Honour, cuja expertise é o marketing de incentivo.

O gestor do negócio será o executivo Gilmar Caldeira, um dos pioneiros da disciplina de incentivo no país quando ajudou a criar o Ticket Restaurante no grupo francês Accor. A ideia é gerar recompensas às equipes de vendas dos seus clientes com viagens internacionais para os grandes eventos esportivos, como Roland Garros, torneio de tênis realizado no início do segundo semestre, que integra o Grand Slam da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).

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A Honour está concentrada na realização desse projeto, mas o portfólio de eventos inclui Grandes Prêmios de Fórmula 1, como as etapas da Espanha e Mônaco; jogos da Copa América, com a seleção brasileira; Champions League, na Europa; NBA (liga de basquete profissional dos Estados Unidos) e até mesmo o Super Bowl.

Caldeira enfatiza que as viagens vão envolver muito mais do que simplesmente entregar ingressos e os bilhetes aéreos. “Vamos ter um esquema receptivo completo com hospitality centers e lounges para acomodar os profissionais premiados pelo desempenho comercial nas suas empresas. Os assentos nos locais de competição também serão especiais. O trade de incentivo tem espaços específicos nas arenas para que não haja conflito com as marcas que patrocinam os eventos. Além disso, os premiados terão à disposição transfers, programas extras, hotelaria e restaurantes, tudo para proporcionar uma experiência completa para esse elemento-chave nas operações das empresas”, explicou Caldeira. “O mais importante é que os eventos esportivos podem ser segmentados para núcleos específicos de interesse. O tênis, por exemplo, interessa a um determinado tipo de profissionais. Alguns gostam de automobilismo e outros de futebol ou basquete. O planejamento que vamos orquestrar vai ser cirúrgico”, complementa.

O diretor da Honour enfatiza que “é na hora de queda nas vendas que as empresas precisam motivar seu time, distribuidores e a cadeia produtiva a reagir e ir à captura de clientes”. Caldeira prossegue: “E a grande vantagem do negócio com incentivos é que os programas se pagam, já que a conquista do prêmio só ocorre quando as metas são atingidas. Não somente as recompensas, mas a motivação e engajamento de pessoas nos objetivos das empresas, passaram a ser cruciais em viagens de incentivo, e compõem a pedra fundamental de todos os programas”.

As viagens de lazer corporativo estão em alta, como atesta Caldeira. No Brasil, 55 % das viagens de incentivo contemplam destinos domésticos e 45% os internacionais.

“O segmento é uma solução para que empresas possam sobreviver e preservar seus recursos humanos, principal ativo de uma organização. Os dados globais da indústria são escassos, mas, no que tange ao mercado americano, em 2014 foram investidos aproximadamente US$ 76 bilhões no segmento Mice (Meetings, Incentives, Congresses and Events), sendo que as viagens de incentivo representam 50% dos prêmios. E quem ganha com isso são os destinos, recolhendo taxas, gerando divisas, impulsionando contratações fixas e temporárias e movimentando suas economias. Os itinerários são escolhidos e definidos por uma série de fatores e cultura de cada organização, mas o que prevalece no momento são experiências, que vão de gastronomia a arte, cultura, entretenimento, moda e eventos esportivos, sempre alinhadas com o perfil do ganhador das viagens”, finaliza