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O mercado brasileiro movimentou R$ 134 bilhões em compra de mídia no ano de 2017, como informa o instituto Kantar Ibope Media, que utiliza como métrica os preços cheios das tabelas dos veículos de comunicação, sem os descontos praticados com as agências para seus respectivos clientes (anunciantes). O instituto passou a utilizar a sigla GAV (Gross Advertisingt Value) para os investimentos brutos em mídia. 

O estudo aponta que 84 mil marcas tiveram exposição paga nos canais de mídia no ano passado. As TVs de sinal aberto concentraram 53,6% do investimento publicitário com R$ 71,9 bilhões. As TVs por assinatura contabilizaram um market share de  13,2%  com R$ 17,6 bilhões. As ações de marchandising no meio TV tiveram uma participação de  5,6% equivalente a uma verba bruta de  R$ 7,4 bilhões. A comunicação de marketing nas TVs concentraram 72,1% do investimento das marcas, produtos e serviços. 

Os jornais, porém, ocupam a terceira posição nas estratégias de mídia. Os anunciantes reservaram R$ 15,497 bilhões para a propaganda comercial nesse canal. O rádio aparece logo em seguida na divisão do bolo publicitário. Os recursos alocados nas emissoras somaram R$ 6,063 bilhões. A fatia das rádios é de 4,5%, um aumento significativo em relação a 2016 quanto o share era de 3,8%% e um volume de R$ 4,894 bilhões. As revistas tiveram 3,5% de participação na distribuição das verbas de mídia com R$ 4,722 bilhões, menor do que em 2016 quando movimentaram R$ 4,737 bilhões e um share de 3,6%. Mas é uma diferença considerada insignificante pelos especialistas. 

A mídia OOH (Out Of Home) saltou de uma participação de 2,2% em 2016 para 3,0% em 2017. As empresas desse segmento tiveram um faturaento bruto de R$ 3,996 bilhões.  A mídia display, ou seja, publicidades nas telas digitais da internet,  somaram R$ 3,958 bilhões e um pedaço de 3,0% do mercado de mídia no país. Houve retração nesse modelo  sobre 2016 quando o volume investido foi R$ 4,513 bilhões e share de 3,5%.  Porém, as buscas na internet anotaram crescimento: foram R$ 2,292 bilhões, equivalente a uma participação de  1,7%. Em 2016 as buscas com patrocínio responderam por 0,9% dos investimentos em mídia e registraram faturamento de R$ 1,197 bilhões. 

O meio cinema manteve o 0,4% de participação e um faturamento de R$ 522 milhões. No balanço do Kantar Ibope Media de 2016 as ações de comunicação em cinema contabilizaram R$ 510 milhões.  

A  agência que lidera as autorizações de mídia continua sendo a Y&R. Pelo 16º ano consecutivo ela está no topo do ranking do Kantar Ibope Media, em 2017 com um faturamento bruto de R$  3,962 bilhões. A My Propaganda, house agency do grupo Hypermarcas aparece em segundo lugar com R$ 3,741 bilhões. A Publicis é a terceira com R$ 3,5 bilhões e a Africa ocupa o quarto lugar com R$ 2,968 bilhões.  A Talent Marcel é a quinta colocada com R$ 2,898 bilhões.