O futuro do jornalismo tradicional e digital foi o tema do primeiro painel de sexta-feira (12), no 20º Festival de Publicidade de Gramado, promovido pela Associação Latino-Americana de Publicidade (Alap). O jornalista da Bandeirantes, Ricardo Boechat, foi o moderador do painel composto pelo jornalista do Grupo  RBS, Tulio Milman; o professor da PUC-RS, Eduardo Pellanda; o jornalista da Bandeirantes, Diego Casagrande; e o fundador do portal O Bairrista, Maicá Junior.

Boechat iniciou o debate citando o bordão do já extinto jornal televisivo Repórter Esso que dizia “ser testemunha ocular da história” para fazer uma reflexão. “Em 45 anos de jornalismo nunca vi um avião cair ou alguém tomar um tiro, porém já noticiei muitas noticias destas, por conta de relatos de pessoas que presenciaram o fato. O lado fascinante do jornalismo online é que todos possuem a possibilidade de ser o Repórter Esso”, disse.

Segundo os palestrantes, o desafio do jornalista é dar sentido à informação e produzir conteúdo atrativo e de qualidade.

“Os novos caminhos do prazer – Um Mundo Superinformado” foi o segundo painel do último dia do 20º Festival Mundial de Publicidade de Gramado. O presidente da Editora Ser Mais, Mauricio Sita, foi o palestrante que teve mediador o diretor do SBT-RS, Luiz Cruz.

Sita dividiu sua participação em três momentos: teoria do prazer, diferenças de relações entre homens e mulheres e mundo superinformado.  Para ele, as diferenças entre homens e mulheres precisam ser observadas pelos publicitários no momento da criação. A era digital também foi abordada e, para o presidente da Editora Ser Mais, afasta as pessoas do mesmo jeito que aproxima.

O painel “Integração das Mídias” abordou o tema das várias plataformas para uma mesma campanha. Participaram do debate o diretor Executivo de Criação da Publicis, Kevin Zung; o diretor vice-presidente da Ativa, Regis Dubin; e o gestor de negócios da Zooh, André Braga, e moderador foi o vice-presidente da Rede Pampa de Comunicação, Paulo Sérgio Pinto.

Kevin Zung resumiu em três pontos essenciais o trabalho de integração de mídia: escolha, coerência e relevância. “Não podemos utilizar um mesmo material para todas as mídias. Precisamos manter a coerência, sem alterar o posicionamento, caso contrário quem identifica a marca exposta na web não irá ter a mesma percepção assistindo na televisão. E, por fim, ser significante”, explicou.

A programação do Festival encerrou com a entrega do Prêmio Universitário Internacional de Gramado aos estudantes vencedores nas categorias Gráfica (anúncio/outdoor), Eletrônica (rádio – cine/TV) e Digital/Internet (APP).

Com o tema a Prevenção às Drogas, o briefing pedia a criação de uma campanha de conscientização dos jovens sobre o uso e abuso de entorpecentes e foi inspirada no trabalho desenvolvido pela Cruz Vermelha Brasileira, organização internacional criada há 150 anos. A premiação tem como objetivo a descoberta de novos talentos na área da comunicação.

Os trabalhos premiados com Ouro receberam o troféu Galo de Gramado Ouro. Os trabalhos premiados com Prata e Bronze receberam diplomas de Menção Honrosa.