No último dia 7 de agosto, em São Paulo, a empresa japonesa Konami anunciou seu novo game de futebol Pro Evolution Soccer 2019, mais popularmente conhecido como PES, cuja franquia já vendeu mais de 100 milhões de cópias em todo o mundo. Para a ocasião, a desenvolvedora de jogos fez um evento na Red Bull Station, em São Paulo, com a presença de gamers, imprensa, executivos, e o jogador Nenê, que é um dos embaixadores do jogo no Brasil ao lado do atacante Dudu.

Sob o conceito “The Power of football”, que tem guiado a estratégia de comunicação do produto, o lançamento também contou com a apresentação de Mauro Beting e Milton Leite, respectivamente comentarista e narrador oficial da versão brasileira do PES 2019, além da presença de Luiz Florezi, diretor de marketing do São Paulo; Roberto Trinas, diretor de marketing do Palmeiras e Alex Watanabe, gerente de marketing do Corinthians. Os três clubes paulistas foram licenciados com exclusividade para o game.

Com números robustos de vendas e bem distante de representar apenas uma brincadeira de criança, o PES tem sua reputação consolidada e puxa também a marca Konami, que no Brasil tem a sua gestão feita pela Meza. A agência foi quem planejou e desenvolveu todo material gráfico do evento de lançamento, ativações, produção e logística e, mais do que isso, desenhou a capa do produto para toda a América Latina, algo pela primeira vez feito fora do Japão. Além do branding, ela é a responsável local por toda a mídia offline e todas as demais ativações da empresa.

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“Trabalhar com a Konami é um desafio muito bom, porque lidamos com o sonho das pessoas. Nada é impossível para a empresa e ela sabe fazer a gestão do público e cativar fãs dando importância para cada feature. Precisamos de flexibilidade para acompanhar o produto com um target muito especifico e enorme bagagem emocional”, afirma Marcelo Zampini, copresidente e CCO da Meza.

Questionado sobre como é cuidar de uma marca que invariavelmente vai aparecer muito menos que os jogos que ela produz, Zampini enxerga o cenário com naturalidade. “Se você cresce fiel ao game, a Konami representa muita coisa para você. Então a marca trabalha esse background naquilo que ela é forte e, nesse caso, deixar o game em primeiro plano é a melhor estratégia”, explica.

Jogado por incontáveis horas, incluindo campeonatos online e competições oficiais em todo o mundo, o game também atrai naturalmente a atenção das marcas. André Bronzoni, gerente de PES para Américas da Konami Digital Entertainment, por exemplo, revelou que a Adidas desenvolveu um modelo de chuteira exclusivamente para o PES 2019.

O executivo é o responsável, com a ajuda da Meza, pela venda de ativos dentro do jogo, como os acessórios dos jogadores, as placas de publicidade do campo, entre outras formas de inserção no game. A mais nova versão ainda não tem os patrocinadores fechados, mas Bronzoni confidenciou que as negociações estão abertas.

Uma coisa é certa, o potencial para crescer neste mercado é enorme. Se a jogabilidade, a complexidade de situações e os recursos visuais dos games de futebol nunca foram tão reais como agora, também é verdade que os jogos do gênero nunca ganharam tanta projeção. Apenas no Brasil há aproximadamente 66,3 milhões de gamers, que movimentaram o negócio em US$ 1,3 bilhão em 2017, conforme levantamento realizado pela Newzoo, empresa global de pesquisas nesta área. Números como esses mostram que, há tempos, o negócio se transformou em coisa de gente grande.