Quase metade (49%) dos usuários brasileiros da geração Z² (de 16 a 20 anos) considera o smartphone “seu melhor amigo” . É essa a conclusão de um estudo global realizado pela Motorola, em parceria com a Ipsos e a Dra. Nancy Etcoff, especialista em comportamento mente-cérebro e na ciência da felicidade pela Universidade de Harvard e psicóloga do departamento de psiquiatria do Hospital Geral de Massachusetts.

O estudo é vinculado ao movimento Phone Life Balance (que incentiva o uso inteligente e equilibrado do smartphone). O levantamento investigou comportamentos e hábitos de utilização do celular de diferentes gerações para entender o impacto do smartphone nas relações com o usuário, com outras pessoas e com o ambiente físico e social.

Participaram entrevistados dos países Brasil, França, Estados Unidos e Índia. Os dados apontam que 33% dos participantes priorizam o smartphone em vez de passar mais tempo com os amigos, a família ou pessoas importantes. No Brasil o número aumenta para 36%. Índia tem o primeiro lugar, com 47% e é seguida pelos Estados Unidos (30%) e a França (18%).

A pesquisa também foi constatado que os usuários reconhecem a necessidade de equilíbrio maior. 61% dos entrevistados concordam que querem aproveitar o aparelho ao máximo enquanto o utilizam e, ao mesmo tempo, querem aproveitar mais quando não estão com ele. No Brasil, este número cai para 48%.

“Para a maioria dos usuários de smartphones, o comportamento problemático é uma resposta impensada, e os hábitos impróprios somente serão superados com ajuda. Cutucadas comportamentais, controle ambiental e consciência são fatores que ajudarão, junto com os esforços daqueles que trabalham na indústria de smartphones. O extenso padrão social descoberto na pesquisa em múltiplos países destaca a necessidade de compreensão e de ações coletivas”, afirmou Nancy.

Foram identificados três principais comportamentos ligados ao smartphone que impactam as relações interpessoais:

• Verificação compulsiva – Metade (49%) concorda que verifica o celular com mais frequência do que gostaria (quase seis em cada dez para a geração Z e a geração do milênio) e concorda que se sente compelida a verificar o celular constantemente (44%). No Brasil, os percentuais são similares (48% e 42%, respectivamente).

• Tempo demais no celular – Um terço (35%) concorda que passa tempo demais utilizando o smartphone (44% da geração Z) e acredita que estaria mais feliz se passasse menos tempo no celular (34%). Quando se considera apenas o Brasil, os números diminuem um pouco (33%, 38% e 30%, respectivamente).

• Superdependência emocional – Dois terços (65%) admitem que entram em pânico quando acham que perderam o celular (aproximadamente três em cada quatro da geração Z e da geração do milênio), e três em cada dez (29%) concordam que, quando não estão usando o celular, “estão pensando em usá-lo ou planejando o próximo uso do dispositivo”. No Brasil, boa parte dos usuários também se preocupa com a possível perda do dispositivo (56%, dos quais 69% da geração Z e 68% da geração do milênio). Em relação ao pensamento do próximo uso, o percentual sobe para 31% dos participantes.

Renata Altenfelder, diretora de marketing para a América Latina da Motorola, diz que a empresa vem se preocupando em estimular debates a respeito do uso excessivo do celular.
“Vemos o assunto como prioridade e queremos auxiliar os usuários a obterem o melhor dos seus aparelhos, sem que se tornem dependentes dele”, conclui.

Pensando nisso, a empresa desenvolveu algumas iniciativas e programas para ajudar os usuários a encontrar mais equilíbrio na utilização do celular. Entre elas, está um teste online para saber o nível de dependência do aparelho e até mesmo a análise do comportamento na própriaMotorola, que estimula seus funcionários a adotar o uso mais equilibrado do smartphone.

Além disso, a companhia está trabalhando em parceria com aplicativo Space, que oferece um programa de 60 dias para ajudar os usuários de smartphones a se tornarem mais conscientes nesta relação. A Motorola também possui uma plataforma de marca que propõe que o usuário se reconecte com a sua cidade, chamada #HelloCidades. Por fim, a empresa ainda disponibiliza em alguns de seus dispositivos as Moto Ações, que ajudam a apoiar interações móveis mais intuitivas. Por exemplo, a Moto Tela permite responder facilmente às notificações sem ficar imerso nem se perder no smartphone.

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