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Liderado há dez anos pelo executivo João Francisco Carvalho Pinto Santos, o movimento Bem Querer Mulher ganhou uma nova identidade visual. A nova proposta, que substitui a original desenvolvida pelo artista plástico Guto Lacaz, é assinada pelo diretor de arte Luiz Lobo, presidente da Full Jazz, e foi apresentada no último dia 9, em São Paulo, durante a cerimônia que anunciou Ana Maria Braga como embaixadora. Ela foi escolhida devido ao seu engajamento em ações de defesa da mulher.

“A Ana é uma mulher que sempre teve um tônus de acolhimento do feminino, desde as coisas mais simples, como ensinar uma receita no seu programa de grande audiência, afinal cozinhar é uma alquimia. Sua postura e discernimento no trato de temas múltiplos foi primordial para essa indicação inédita. Ela vai ser a estrela de um comercial que será produzido nos próximos dias e terá veiculação pro bono na Rede Globo”, explica a publicitária Christina Carvalho Pinto, voluntária do projeto e responsável pela comunicação através da Full Jazz, agência que integra o grupo Full, da qual é presidente.

Com apoio de mulheres famosas como as atrizes Maitê Proença, Zezé Motta e Patrícia Pillar, o Bem Querer Mulher vai contar com uma ação para venda de camisetas em quiosques instalados em shopping centers, com apoio de tótens que vão estimular a doação de recursos à instituição. Os contribuintes regulares ganham o direito de concorrer a prêmios. O tema da campanha é Com sua ajuda, o BEM vai mudar a vida de muitas mulheres.

“A empresária Lucília Diniz é a principal mantenedora do movimento, que conta com doadoras como Betty Feffer. A auditoria é feita pela Price Waterhouse. A ideia é ampliar o volume de recursos para dar maior musculatura ao movimento, que mantém a Casa Violeta”, justifica Christina, lembrando que o dinheiro é usado no treinamento de mulheres que dão suporte às vítimas. “Cada módulo da preparação tem duração de seis meses”, ela acrescenta.

Um plano que Christina quer colocar em prática este ano é a adesão de empresas ao marketing de causa. “Marcas de apelo feminino poderiam ter produtos associados ao movimento e contar com o interesse desse público, que é solidário e receptivo a esse tipo de ideia. As possibilidades são infinitas, mas é apenas uma das hipóteses de modelagem comercial”, sugere a fundadora do Grupo Full Jazz.

A violência à mulher no Brasil é recorrente em todas as classes sociais e em todas as regiões do país. Segundo a Bem Querer Mulher, a intolerância produz graves consequências emocionais, físicas e para os filhos. 35% das mulheres sofrem violência regularmente e a cada cinco minutos uma mulher é agredida. Christina enfatiza que a cada minuto uma mulher é vítima de estupro e que o Brasil é o 5º país com maior taxa de homicídio de mulheres.