Serviço da On tem como premissas simplicidade, disponibilidade, qualidade e velocidade

 

A On Telecom anunciou oficialmente nesta terça-feira (6) sua entrada no mercado de internet 4G. A empresa, uma sociedade entre o fundo de investimentos do empresário húngaro-americano George Soros e o israelense Zaki Rakib, chega com a proposta do “4G fixo” e prometendo conexão de qualidade, com alta velocidade e baixo custo.

A empresa atuará inicialmente apenas no interior do estado de São Paulo. A rede já foi implantada em cidades como Itatiba e Valinhos e será levada a Campinas e municípios próximos. Atualmente, são 133 cidades atendidas nas áreas de DDD 12 e 19, o que representa a cobertura de uma população de 10 milhões de pessoas. Ao todo, são 12 mil assinantes. Em 2014, porém, a On expandirá suas operações para outras regiões de SP. Está previsto um investimento de até R$ 500 milhões apenas para o estado nos próximos dois ou três anos – sendo parte desta verba proveniente do fundo de Soros.

A On oferece um aparelho de modem que não requer instalação. Uma vez ligado, ele cria uma rede wi-fi local, o que faz o serviço se encaixar na categoria 4G sem fio, diferente da internet banda larga via cabo. A tecnologia é chamada pelos próprios executivos da empresa como a segunda revolução da banda larga no Brasil. “A penetração da internet por cabo no Brasil ainda é muito limitada. Estamos trazendo a segunda revolução da banda larga, a sem fio, que chegará aos brasileiros que não foram atendidos ou mal atendidos pelos serviços oferecidos até hoje”, afirma Rakib.

A proposta da On é levar o serviço a locais pouco atrativos para as outras operadoras e, com isso, fazer crescer o número de brasileiros com conexão de banda larga. Mesmo sendo a 6ª economia mundial, o Brasil ocupa a 79ª posição no ranking de penetração de banda larga e é apenas o 72º quando o assunto é velocidade. “A On vem complementar as ofertas existentes. A banda larga sem fio chega muito bem nessas regiões. Estamos criando um modelo que pode ser repetido em todo o mundo. Vamos surpreender”, diz Farès Nassar, CEO da empresa no Brasil.

Rakib: Brasil é uma terra de oportunidadeDurante a apresentação, o ministro das Telecomunicações, Paulo Bernardo, comentou a entrada da On no mercado afirmando que as grandes empresas do setor não enxergam algumas áreas carentes do serviço de internet banda larga. “Essa questão do acesso à internet no Brasil é extremamente prioritária. Vemos esses números de banda larga fixa como um desafio. Um país como o Brasil, de 200 milhões de habitantes e um volume tão pequeno de conexões tem um espaço extraordinariamente grande para o crescimento”, avaliou o ministro, complementando que a principal meta é aumentar a velocidade da internet e levá-la a mais lugares.

Marketing

Para divulgar seus serviços, a On terá como parceiras as agências Portal, Chleba, Future e We Are Social. De acordo com Gisele Feth, gerente de marketing, a chave para a criação do conceito “A revolução acontece quando a gente se conecta” aconteceu “de dentro para fora”, quando a empresa ouviu o que os clientes de outras operadoras tinham a dizer. “Nossa missão era entender o que era relevante para esse consumidor, compreender qual era o seu sentimento. Não vai parecer uma campanha de telecomunicações. A campanha vai provocar”, afirma, completando que muitos consumidores reclamaram dos serviços prestados pelas concorrentes, o que levou a On a adotar essa posição.

A campanha contará com um teaser que começa a circular na terceira semana de agosto em Campinas. Em setembro, a marca inicia sua divulgação em canais de massa em todas as cidades próximas.