A bola da Copa do Mundo começa a rolar nesta quinta-feira (14), mas fora de campo, a economia também promete ser bastante movimentada. É o que revelou levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Os jogos do mundial devem movimentar cerca de R$ 20,3 bilhões no comércio e setor de serviços no Brasil.

Os supermercados, lojas de rua e camelôs serão os principais locais de compra para cerca de 60 milhões de consumidores. O consumo é orientado pelo otimismo na seleção brasileira. Para 41% dos torcedores, são altas as chances de o Brasil ser hexa, ao passo que 45% classificam a possibilidade como média e apenas 10% avaliam como pequena.

Pesquisa realizada em todas as capitais brasileiras revela ainda que 25% dos torcedores não devem consumir produtos ligados à Copa. Entre os que devem gastar para acompanhar as partidas, o consumo de alimentos na casa de amigos ou parentes (91%) e de bebidas na comemoração dos jogos (87%) serão os mais comuns.

Lucas Figueiredo/CBF

No caso dos alimentos, os tira-gostos (56%), itens para churrasco (49%), pipocas (37%) e salgados (31%) se posicionam entre os primeiros do ranking. Já para as bebidas, a preferência é por cerveja (74%), refrigerantes (72%) e água (69%).

De acordo com a pesquisa, outros tipos de engajamento que devem fazer o torcedor brasileiro desembolsar durante a Copa do Mundo são idas a bares e restaurantes para assistir as transmissões dos jogos (62%), compras de camisetas, uniformes e itens da seleção (61%), decoração verde e amarela (54%) e compra de acessórios, como bonés, maquiagem, cornetas e vuvuzelas (48%).

“Historicamente, sabe-se que há uma tradição, entre os torcedores brasileiros, de acompanhar as partidas em espaços públicos ou privados que favoreçam o encontro e a convivência entre os torcedores, sejam bares, praças ou outros locais. Para os empresários desse segmento, é uma grande oportunidade para oferecer uma experiência diferenciada”, analisa o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Valor

A pesquisa revela ainda que 34% dos potenciais compradores estão propensos a comprar apenas produtos oficiais, enquanto 64% pensam que a escolha depende do tipo de produto e 1% declaram abertamente a intenção de adquirir produtos falsificados. Entre os que cogitam comprar um item pirateado, mais de um terço (34%) argumenta não ter condições financeiras, enquanto 22% não se importam com a origem do produto e 15% compram o que for mais barato.

Os números indicam o interesse dos brasileiros pelo torneio de modo geral. O estudo mostra que 78% dos consumidores pretendem assistir aos jogos e 72% ficam empolgados com a competição, sendo que em alguns casos (10%), esse sentimento atrapalha a concentração em suas tarefas no dia a dia. Apenas 14% dos entrevistados disseram que vão seguir a rotina normalmente durante os jogos da Copa e 7% ainda não sabem.