O preço ainda é muito importante para a decisão de compra, apesar de vivermos na era do valor, aponta a pesquisa Total Retail 2016, realizada pela PwC em parceria com a Research 2 Insight. 59% dos consumidores brasileiros compram em seu varejista favorito devido aos bons preços. Engana-se quem acha que essa é uma realidade brasileira. No mundo todo, o índice é de 60%.

“Esse é um critério unânime, independente do país ou da faixa etária”, explica Ricardo Neves, sócio da PwC e líder da área de Varejo e Consumo.

Este é o sexto ano em que a pesquisa é realizada globalmente e o quinto que o Brasil participa. Foram realizadas 22.618 entrevistas em 25 países. Consumidores do México, Polônia, Espanha, Tailândia, Cingapura e Malásia foram ouvidos pela primeira vez neste levantamento.

A confiança na marca é determinante para a escolha do PDV para 45% dos brasileiros e para 32% dos clientes globais.

O preço também é um critério importante para as compras online. Ser mais barato é a maior motivação de compra no canal para 54% dos brasileiros e para 43% dos consumidores globais. Ser mais conveniente é o principal motivo da compra online para 41% dos brasileiros e para 47% dos consumidores globais. “O Brasil está muito sensível a preço. Isso pode também ser um reflexo da crise”, fala Neves. De acordo com o executivo, nos mercados mais desenvolvidos a conveniência é um diferencial.

A pesquisa verificou oito principais tendências do varejo, sendo quatro delas mais fortes no Brasil. Além do preço como rei, o estudo verificou que o tráfego da loja não importa tanto quanto a conversão do cliente nos diversos canais, que redes sociais são os grandes influenciadores e que o talento no varejo finalmente importa.

As interações nas redes sociais contribuíram para a valorização maior das marcas com as quais o consumidor se relaciona para 89% dos brasileiros e 64% dos clientes globais. “No ano passado, a pergunta era um pouco diferente, mas essa interação era de 77% no Brasil”, afirma Neves.