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Previsão. De todas as milhares de ferramentas que a propaganda produziu para tornar o que fazemos mais eficaz, definitivamente previsão não está entre elas. Não trabalhamos com previsão. Somos publicitários, não metereologistas. Se até os senhores do tempo, especialistas em prever o amanhã erram, o vascaíno aqui, que não conseguiu prever o rebaixamento do próprio time, não está entre os profissionais mais gabaritados.

Previsão não rima com revisão à toa: ela permite e atenua o erro. A previsão para o final de semana é de chuva mas se fizer Sol, melhor para todos. A previsão dos economistas para a inflação até pouco tempo atrás não considerava um número com dois dígitos. Já experimentou perguntar ao mestre de obras a previsão para o término da obra no seu apartamento? Pois é.

Felizmente, previsão também rima com paixão, substantivo feminino dos bons. Para 2016, este é o sentimento que eu gostaria de encontrar nas reuniões, nas apresentações, nas concorrências, nas aprovações, nas reprovações, nas salas de pesquisa e de criação. Nos departamentos de marketing e nas agências. Nas ruas e nos festivais de criatividade. Paixão. A mais absoluta e incondicional paixão pela busca da grande ideia. Um 2016 apaixonante para todos nós. 

 Álvaro Rodrigues é VP de criação da Africa e presidente da Africa Rio