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Um ano fantástico. É assim que Edgard Soares Filho, sócio da Madre Mia Filmes, define 2018 para a produtora e para a Vapt, do mesmo grupo, o G8. A Madre fez aproximadamente 120 produções, o que daria uma a cada três dias e, juntas, elas cresceram 22% no faturamento no período. Além de um reposicionamento das duas marcas, o profissional explica que a empresa cresceu em várias agências, em diversificados segmentos. Outros pontos de destaque são os reconhecimentos com prêmios em festivais como Cannes Lions e El Ojo, no Prêmio Colunistas, e indicação a finalista no Profissionais do Ano.

Com Copa do Mundo e eleições turbulentas, a economia do país foi tema constante em conversas e influenciou o mercado como um todo. No entanto, Filho avalia que, apesar das dificuldades, a produtora viu um crescimento na parte da qualidade da entrega de materiais, no faturamento e em reconhecimento. “Houve uma busca muito grande por qualidade, mas também registramos um achatamento nas verbas publicitárias dos filmes. Então, ao mesmo tempo em que se precisava buscar qualidade aliada a rapidez da entrega, os recursos financeiros ficaram mais baixos e isso foi desafiador. Como o nosso Grupo G8 tem uma estrutura verticalizada e conta com empresas de locação de estúdio, equipamentos, luz, transporte cinematográfico e uma produtora de áudio, nos possibilitou entregar qualidade, apesar do desafio. Mesmo com as dificuldades e o panorama pessimista, nós crescemos de maneira consistente e expressiva.”

12 MESES SIGNIFICATIVOS

Apesar de ter os comerciais como o principal negócio da empresa, responsável por 80% do faturamento total, a Sentimental Filme, na ativa há 16 anos, investe há algum tempo também na produção de conteúdo de entretenimento.

Em 2018, a Sentimental produziu conteúdos para marcas como Ambev, Claro, Grupo Petrópolis, Jeep, McDonald’s, NET e Tim, entre outros. Um dos principais momentos do período está no ar neste momento, com a vinheta de fim de ano da Globo, que a Sentimental assina há cinco anos consecutivos. A tradicional campanha é dirigida pela mais antiga dupla de diretores, Mau e Lu, que este ano comemora 18 anos de trabalho compartilhado. Marcos Araújo, sócio-diretor, destaca a parceria. “É muito sólida e a gente acredita muito. Além da vinheta, tem outros produtos na Globo, como o Criança Esperança e chamadas de novelas”, afirma.

Para Araújo, o mercado vive um nível gigantesco de transformações e a Sentimental tem caminhado bem por todas elas. “É uma empresa que tem um nível de maturação grande, que conseguiu se adaptar e se atualizar com muita competência. Na área de publicidade, que é nosso foco, a produtora vem mantendo uma regularidade em premiações. Fizemos trabalhos significativos este ano.”

Mas o ano ainda não acabou e tem coisas saindo do forno. Na área do entretenimento, a série Terrores Urbanos, disponível na plataforma PlayPlus, chega à TV aberta em janeiro. Também vão ao ar em breve o programa No Paraíso, produção para a GNT, e o filme Asa Branca, com produção em 2019. “O crescimento de 2017 para 2018 foi de 10% e a gente deve isso muito a área de entretenimento, que corresponde hoje a 20% da produtora”, conta.

TRABALHO EM REVERBERAÇÃO

O período também foi importante para a Zeppelin, que fez 80 trabalhos este ano. O número próximo ao de 2017, mas os resultados financeiros cresceram em 40%. Para os sócios e diretores-executivos Everson Colossi Nunes “Gringo” e Ricardo Baptista da Silva, a junção de “crise econômica” com a “reestruturação da comunicação em função das novas tecnologias” faz do período algo complexo e único. “Este é o melhor momento para aproveitar este período para ressignificar ou atualizar os negócios e objetivos da produtora. Foi um ano especial neste sentido”, avalia Gringo.

Ao longo do ano, a Zeppelin teve um crescimento quantitativo de 33%, mas são os qualitativos que contam mais a longo prazo, na avaliação de Silva. “2018 ainda nos renderá muitos resultados futuros”, afirma. Entre as tendências do ano, ele aponta que a comunicação dos clientes se consolida cada vez mais nos formatos digitais. “O ajustamentos dos processos com as agencias e clientes digitais tiveram um grande salto no ano”, pontua.