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Um recorde de US$ 9,8 bilhões foi investido em campanhas eleitorais nacionais, estaduais e locais em 2016 nos Estados Unidos. A TV tomou conta da maior parte do lucro, enquanto a publicidade digital e a TV a cabo viram grande ganhos, de acordo com uma nova análise do ciclo eleitoral do ano passado.

A Borrell Associates, empresa de rastreamento de mídia, revelou que o investimento público atribuído à TV aberta atingiu US$ 4,4 bilhões em 2016, mas diminiu cerca de 20% em relação aos US$ 5,45 bilhões investidos em 2012. O rádio também registrou queda significativa de 23% para US$ 621 milhões.

No entanto, conforme divulgado pelo Advertising Age, a publicidade digital – em vídeo, celular, email, mídias sociais e pesquisas, atraiu US$ 1,4 bilhão das campanhas. Esse aumento registra 789% a mais do que os US$ 159 milhões da categoria em 2012.

A TV a cabo também viu um aumento acentuado de 52% (US$ 1,35 bilhões) em 2016. Enquanto isso, o investimento em mala direta cresceu 6% para US$ 301 milhões. De acordo com a pesquisa, a publicidade digital e a TV a cabo representam cerca de 14% da publicidade política total.

O Adversiting Age disse que as novas estatísticas refletiram uma tendência mais ampla ocorrendo na indústria: os anunciantes usam dados para tornar as campanhas mais segmentadas e também para melhorar a capacidade de compra de mídia.

Kip Cassino, vice-presidente executivo da Borrell Associates, reforçou este ponto quando confirmou que o uso de plataformas programáticas para o público-alvo era um fator determinante para o investimento político durante o ciclo eleitoral em 2016.

O nível relativamente baixo de gastos de Donald Trump foi outro aspecto notável da recente campanha presidencial e o relatório da Borrell observou que sua abordagem mudou as formas tradicionais de fazer campanha.

“A campanha presidencial de 2016 provou, pela primeira vez, que um candidato não tem que igualar os gastos aos adversários em comerciais de TV – ou até mesmo em fundos globais levantados – para ganhar uma eleição”, disse o relatório. “Essa relevação mudou nossa trajetória”.

Com informações de Advertising Age e Warc