Faz bem o governo Temer em retornar à mídia, inclusive para esclarecer temas polêmicos sem a interferência, pelo menos nos anúncios, das opiniões de terceiros.

Claro que depois cada cidadão pode se manifestar a respeito, escrevendo por exemplo para as seções de Cartas dos jornais.

Mas, isso ocorrerá depois e não durante o anúncio de qualquer decisão oficial, que se sujeita ultimamente a toda sorte de impropérios ao mesmo tempo em que o governo está comentando sobre a medida.

Estamos censurando a opinião pública? Jamais. Temos já uma longa vida em defesa constante da liberdade de expressão. Mas, as opiniões devem obedecer a um intervalo mínimo entre o que se vai ou se pretende fazer, no caso do governo, e as críticas dos cidadãos.

Como em um júri popular quando o promotor primeiro faz a acusação e depois o advogado de defesa rebate. Nunca, pelo menos em tese, falam ao mesmo tempo.

Assim, aprecio essa atitude do atual governo de aos poucos voltar à mídia, explicando temas que são difíceis e que por isso mesmo necessitam de detalhadas explicações, sem interrupções, para o possível entendimento geral.

É o caso desse anúncio da polêmica mas necessária reforma da previdência, que se não for feita, arrebentará lá na frente os cofres públicos.

Agora que falamos, com a palavra os internautas discordantes. O questionamento é válido e faz parte de qualquer sistema verdadeiramente democrático.

Veja o anúncio publicado pela Folha de S.Paulo:

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