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Recebo com emoção a notícia da saída de Marcello Serpa e Zé Luiz Madeira. Só burro comemora a saída de Pelé ou Messi do futebol, ou das irmãs Williams do tênis. Porque, quando craques desta envergadura saem, quem perde é o espetáculo. No nosso caso, o negócio da propaganda.

Como sou ansioso, espero que Marcello Serpa curta suas ondas, se encha de energia e volte para ser a estrela-guia da propaganda brasileira. Zé Luiz Madeira, idem.

Eles são dois grandes concorrentes. Eu prefiro dois craques que me vencem, do que dois pernas de pau que quebram a minha perna.

A postura da Almap, altiva em concorrência e militante contra práticas predadoras, ajuda quem ama a boa propaganda, que só existe com grandes talentos bem remunerados, em todas as áreas. Senão, estes talentos vão trabalhar em euro ou em dólar, ou vão pegar sua prancha e surfar em outras praias, como no digital.

Quando os clientes caírem em si sobre a “evasão dos melhores craques nacionais para o futebol espanhol” (isso é um paralelo, uma figura de linguagem), vão perceber a importância de reter talentos com meritocracia, também no lado dos fornecedores.

Propaganda cara é propaganda ruim, que você veicula, veicula, veicula e ninguém lembra. Propaganda memorável e globalmente respeitada, que Marcello Serpa e Zé Luiz Madeira sempre fizeram, é propaganda de alta eficácia e produtividade. Cada comercial memorável vale por cinco, e fica veiculando continuamente na cabeça e no coração das pessoas.

Portanto, que voltem logo. O Brasil, Marcello, tem uma costa enorme cheia de praias, e você é o Gabriel Medina da propaganda.

*Sócio-fundador do Grupo ABC