A renúncia de Martin Sorrell ao cargo de CEO do grupo WPP, o maior da publicidade mundial, causou um profundo choque no mercado.  Ele será substituído, por enquanto, pela dupla Mark Read, CEO da Wunderman, e Andrew Scott, diretor de operações dos negócios europeus do grupo. Sua saída ocorre em um contexto que envolve o pior resultado financeiro do grupo desde 1999, e uma acusação do board de “má conduta pessoal”, sem mais especificações. Sorrell encerra um capítulo de 33 anos iniciado quando comprou uma empresa de soluções de plástico para transformá-la em uma holding de publicidade. Adquiriu agências como JWT, Ogilvy e Y&R, criando um grupo que, hoje, possui 200 mil funcionários e com receitas de US$ 20 bilhões. Seu legado se confunde com a atual formatação do mercado publicitário, do qual se tornou o principal porta-voz.  O fato teve impacto na abertura da Bolsa de Valores de Londres nesta segunda-feira. Até agora, a maior queda de ações do grupo foi na casa de 6% na manhã de hoje.  

Ale Oliveira

A semana foi marcada também por depoimentos do presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, ao Senado e à Câmara dos Estados Unidos. Ele foi questionado, principalmente, sobre como o Facebook reagiu ao vazamento de dados  de 87 milhões de pessoas pela consultoria política Cambridge Analytica; como a rede social usa os dados de seus usuários para ganhar dinheiro; como ela reage ao uso político da plataforma; e sua posição sobre regulamentação de empresas de internet.

A operação brasileira da empresa contratou como head de agências Debora Nitta, que ficou 12 anos na WMcCann, onde ocupava a posição de vice-presidente de planejamento. Sua substitututa na agência será Luciana Padovani. 

As campanhas alusivas à Copa do Mundo já estão saindo do papel. A Gol Linhas Aéreas contratou Neymar Jr. como garoto-propaganda mas, em uma ideia da AlmapBBDO, vai usar um sósia dele. Explica-se: há oito meses, a Gol se reposicionou trazendo a proposta da valorização do tempo de seus passageiros. Por isso, por que tirá-lo dos treinamentos para fazer campanhas?

No McDonald´s, os famosos sanduíches para a Copa estão de volta. A quinta edição do projeto vai homenagear este ano os oito países campeões do mundial: Brasil, Alemanha, Espanha, Uruguai, Argentina, Inglaterra, França e Itália. Este último fará a sua única participação no campeonato com a rede de fast-food, já que a azzurra não conseguiu se classificar.

A Budweiser vai montar casas para ativações durante a Copa. A empresa confirmou dez edições simultâneas de seu projeto em diferentes capitais brasileiras durante a competição o campeonato. Serão elas São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.  Segundo a marca, os espaços são inspirados nos icônicos porões de Nova York e Berlim que revelaram grandes marcas, bandas e ideias pelo mundo. O objetivo do Bud Basement é reunir pessoas que se conectam pela atitude em uma atmosfera urbana, genuína e contemporânea, como a cerveja.

O futebol também inspirou marcas como a Kaiser a se comunicarem. O trio Dadá Maravilha, Túlio e Vampeta foi reunido pela Talent Marcel para a nova campanha da cerveja do portfólio da Heineken. Com bom-humor, eles aparecem em um bar discutindo os rumos do futebol, como se fossem os milhões de brasileiros que dão palpites sobre táticas e falhas sempre com uma cerveja à mesa. 

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Em sessão plenária do conselho de ética do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), os conselheiros decidiram por unanimidade adverter o Instituto  Brasileiro de Coaching (IBC), pela polêmica ação de merchandising do IBC retratada na novela global ‘O Outro Lado do Paraíso’, em que o coaching era abordado na trama. 

Roberto Duailibi, fundador da agência DPZ e membro do conselho da DPZ&T,  reuniu na semana passada algumas lideranças da indústria da comunicação para prestigiar Giancarlo Civita, presidente do conselho de administração da AbrilPar, e que em março deste ano, também acumulou a função de presidente do Grupo Abril. Em outro evento do mercado, Washington Olivetto lançou seu livro “Direto de Washington”, desta vez, no Rio de Janeiro.