Mercado que concentra as principais agências de publicidade do país, como a líder Y&R, que tem faturamento anual de R$ 3,962 bilhões, os principais anunciantes e também as bases comerciais dos canais de mídia com maior volume de autorizações de publicidade do país, a cidade São Paulo liderou mais uma vez em 2017 os investimentos brutos de comunicação de marketing, com um total de R$ 32,9 bilhões, de acordo com o ranking de praças do Kantar Ibope Media, que usa a métrica GAV (Gross Advertising Value). O share exato é de 24,6%, mas houve uma evolução de 1,3% em relação a 2016. Porém, quando se considera a origem da autorização de mídia,a cidade de São Paulo concentra 75% do dinheiro aplicado em propaganda no Estado de São Paulo.

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O Rio de Janeiro, com participação de 9,7%, contabilizou um volume de R$ 13 bilhões. Historicamente, mesmo com as perdas de negócios, o Rio se mantém na segunda posição. A Artplan, com faturamento de R$ 2,122 bilhões no ano passado e em 11º lugar no ranking, é a principal agência da capital fluminense. A NBS, que aparece em 28º, com um faturamento de R$ 1,173 bilhão em 2017, é outro player de destaque na região. As operações da WMcCann, com Coca-Cola e TIM, e DPZ&T, com Petrobras, mantêm escritórios robustos na cidade. Também, pela característica local, agências como Fullpack, Onzevinteum e Agência3 se sobressaem no Rio.

Belo Horizonte aparece na lista do Kantar Ibope Media em 3º lugar, com 3,8% de share e faturamento, sem os descontos de praxe, de R$ 5,109 bilhões. Na 4ª posição está Porto Alegre, com R$ 4,234 bilhões; e em 5º Curitiba, com R$ 3,184 bilhões. Fortaleza, em 6º, lidera o mercado do Nordeste, com R$ 2,802 bilhões e participação no mercado nacional de 2,1%. Salvador aparece em 7°, com R$ 2,7 bilhões. Brasília, que concentra as autorizações do Governo Federal, ocupa o 8º posto da relação, com R$ 2,620 bilhões. Recife está em 9º, com um 1,9% da fatia nacional do bolo publicitário e faturamento de R$ 2,552 bilhões. Campinas, no interior de São Paulo, aparece em 10º, com R$ 2,397 bilhões e 1,8% de share. Em seguida está Florianópolis, com R$ 2,199 bilhões; Belém, com R$ 2,143 bilhões; Goiânia, com R$ 1,748 bilhão; Santos, com R$ 1,588 bilhão; e Vitória, com R$ 1,517 bilhão.

Anunciantes
Cliente da house My Agência, a Hypemarcas lidera o ranking dos maiores anunciantes do país, com uma verba bruta de mídia de R$ 3,737 bilhões. O laboratório mexicano Genoma está em segundo no ranking de 2017 do Kantar Ibope Media, com 3,124 bilhões. Outro anunciante do segmento farmacêntico, a Divcom Pharma Nordeste está em 6º, com R$ 1,494 bilhão; e a Ultrafarma em 10º, com R$ 1,256 bilhão. O mercado de fármacos realmente ganhou consistência no ranking devido à métrica, que utiliza os valores plenos das tabelas de preços dos veículos de comunicação e sem os descontos negociados, que podem chegar, em alguns casos, a 90%. Há mais veracidade sobre o real valor investido a partir da 3ª posição, ocupada pela Unilever, com R$ 1,825 bilhão. A Ambev, em 4º, tem faturamento mais próximo da realidade, com seus R$ 1,560 bilhão; assim como a P&G, em 5º, com R$ 1,559 bilhão; a Claro, em 7º, com R$ 1,476 bilhão; e a Caixa Econômica Federal, em 8º, com R$ 1,443 bilhão.

“No ano de 2017, as marcas intensificaram os seus investimentos em comunicação, que, somados à recuperação da economia, impulsionaram o consumo. Este ano, em nossa cobertura do digital, teremos um incremento em mais de 100% na quantidade de sites monitorados, saltando de 124 para cerca de 250 veículos online. Também estamos trabalhando para incluir campanhas programáticas e novas plataformas e formatos em nossa oferta para a análise de mídia digital, como mobile, vídeos e aplicativos”, destaca Melissa Vogel, CEO do Kantar Ibope Media no Brasil.

 

Errata: Na edição impressa do Propmark, a de número de 2695, na reportagem, “São Paulo Concentra 75% das verbas de publicidade do país”, o número correto é 25%. Pedimos desculpas ao leitor pelo lapso. 

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