Divulgação

Qualquer pessoa hoje consome mídia como, onde e quando quiser. São tantos os formatos, modelos e pontos de contato com o consumidor que as possibilidades para quem quer se comunicar de uma maneira assertiva e contextualizada com o público encontra um arsenal de variação extremamente elástico. Isso não significa que a vida do profissional de mídia ficou mais simples. Pelo contrário. Nunca foi tão desafiador exercer a função com eficiência e criatividade. O que é preciso? Para Cássio Yanata, gerente de mídia da Jüssi, é necessário ser híbrido, pensar em todas as etapas da jornada e permear as áreas de planejamento, criação, BI e negócios. Confira abaixo os principais trechos de sua entrevista para a #SemanaDoMídia.

Tendências

Certamente o uso de dados no dia a dia, gerando insights e tomadas de decisão de forma mais ágil e dinâmica. Uma tendência de mídia que vejo são as TVs conectadas, que começam a fazer o papel da extensão da tela do celular e principalmente os conteúdos on demand. Creio que aqui o ponto será o uso criativo de conteúdos de marca dentro de programas, influenciadores e mesmo os canais proprietários das marcas.

Desafios e oportunidades

Se diferenciar e trazer valor para as campanhas e clientes, que cada vez mais nos provocam para construir algo novo a cada dia é um desafio, além de pensar em formatos e canais que tragam resultados de negócio para o cliente. A oportunidade que temos é pensarmos no negócio, sermos parceiros e consultores. Essa tendência vem ganhando força e precisamos estar cada dia mais com esse direcional.

Migração de verbas

Acredito que seja um movimento natural de migração, que cada vez mais anunciantes estão revendo e aplicando estratégias mais arrojadas no digital, até mesmo de 100% das verbas.

Mídia guia a criação?

Com certeza, principalmente para os formatos digitais que podem ser testados e mensurados com rapidez. Como a simples troca de imagem e texto até a duração e formato de um vídeo, nos permite avaliar os que entregam o melhor resultado. Um exemplo simples, é pensar como o vídeo vertical pode ser mais impactante do ponto de vista de mensagem, tempo de visualização e percepção de marca ou lembrança.

Alcançar o consumidor

O principal ponto é entender a jornada do consumidor. Hoje existem diversos caminhos que a tão falada persona pode seguir. Com o uso de dados, por exemplo, podemos falar de milhares de personas e possibilidades de jornadas. Aqui o mix de meios tem o papel fundamental de acompanhar e fazer parte do dia a dia dos consumidores.

Importância do rádio

Ele continua sendo relevante tanto em construir frequência como passar credibilidade. Atualmente uma estratégia combinada de rádio e canais digitais, pode ser bem efetivas. Como complementariedade e integração de mensagem. Sendo 100% áudio o rádio pode muito bem ser suportado por mobile com visual, por exemplo.

Estruturas
A aproximação entre as áreas de mídia, BI e planejamento já é uma realidade. Aqui coloco como diferencial o papel do mídia voltado para um pensamento de audiência, que se faz como um profissional de mídia programática, orientado para selecionar canais e públicos de diversas fontes (dados primários e/ou de terceiros). Com esse direcional, as campanhas são mais efetivas e rentáveis, prezando a qualificação das pessoas impactadas e não simplesmente o volume que a mídia entrega.

Redes sociais

Continuam com muita importância, principalmente no que diz respeito ao alcance na maior parte da população digital. Dentro de uma jornada básica, as redes sociais estão entre os principais canais para atingir do target mais amplo ao segmentado. Em estratégias de conteúdo ou com uso de influenciadores, por exemplo, as redes sociais têm grande relevância para falar com os consumidores e criar relações mais naturais entre eles e as marcar. Vale lembrar que o entendimento de cada uma das redes sociais, bem como a comunicação que será veiculada em cada uma tem grande importância e faz todo o diferencial. É preciso saber o que falar em um determinado canal, mesmo que o público seja o mesmo.