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O Sesc São Paulo realiza na sua unidade no bairro da Vila Mariana, o seminário “Jornalismo: as novas configurações do quarto poder”. Está agendado para acontecer na próxima semana entre os dias 15 e 17 .  A programação é extensa (ver abaixo), além de uma atrações paralelas, que vão apresentar por meio de oficinas, outras linguagens da atividade.

A ideia dos organizadores é propor uma reflexão sobre as práticas jornalísticas na atualidade e o desempenho da imprensa como agente de formação da consciência política e social. A abertura do evento contará com o professor Danilo Santos de Miranda, diretor do departamento regional do Sesc São Paulo.

“O seminário traz oportunidades para uma recolocação da responsabilidade e do papel de influência das empresas de Comunicação e de seus profissionais, em meio à enxurrada não apenas de informações, mas de informações deliberadamente falsas, cujo impacto danoso já pode ser aferido na esfera pública. Acredito que as discussões em torno do poder da imprensa, seus modelos de gestão e seu papel como agente formadora de consciência política não são referentes e dirigidas apenas aos profissionais e estudantes do campo, mas a todo aquele com interesses na constituição de uma sociedade atenta aos discursos em circulação, condição básica para a sua efetiva expressão democrática e participativa”.

Durante a programação do evento, o repórter da revista New Yorker, Jon Lee Anderson, e o diretor do Profissão Repórter, da TV Globo, Caco Barcellos, falarão da profissão nos dias de hoje e suas expectativas. O historiador e escritor Robert Darnton vai falar sobre a censura que permeia o jornalismo ao longo de décadas. A editora de cultura do jornal Clarín, Patricia Kolesnicov, abordará o espaço do jornalismo cultural atualmente.

Programação Completa:

10h – O jornalismo diante de uma sociedade hiperinformada.

A mesa de debate discutirá se a alta concorrência e um ambiente de negócios cada vez mais oligopolista possibilitam o exercício do jornalismo.

Debatedores: Andrea Dip (repórter especial na Agência Pública de Jornalismo Investigativo), Wilson Gomes (professor-titular de Teoria da Comunicação da UFBA) e Manon Paulic (jornalista do periódico francês Le 1)

Mediação: Maria Elisabete Antonioli (coordenadora e professora de Jornalismo e do Mestrado Profissional de Produção Jornalística e Mercado da ESPM).

12h – Na atualidade, como funciona o poder da Imprensa?

Abordarão as formas de poder que pautam a vida política e social e que são exercidas por meio do gerenciamento de processos de comunicação.

Debatedores: Maria Rita Kehl (psicanalista e escritora), e Xico Sá (jornalista, escritor e colunista do El Pais).

Mediação: Robinson Borges (editor do caderno “EU&Fim de Semana”, do jornal Valor Econômico).

15h – Qual é o papel da imprensa como agente de formação da consciência política e social na atualidade?

Discutirão sobre o papel da mídia de informar com rigor e responsabilidade para propor uma reflexão à sociedade e passe a atuar conscientemente.

Debatedores: Eugênio Bucci (jornalista e professor titular da ECA/USP), Carla Rodrigues (professora de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Christian Dunker (psicanalista e professor livre docente da Universidade de São Paulo).

Mediação: Aurea Vieira (filósofa e gerente de relações internacionais do Sesc São Paulo).

17h – Fake news – o caos/cosmos da informação digital

Falarão um pouco se os velhos critérios de noticiabilidade ainda resistem nos dias de hoje.

Debatedores: Massimo Di Felice (professor da Universidade de São Paulo), Rodrigo Flores (jornalista e diretor geral de conteúdo do UOL) e Ivana Bentes (professora e diretora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Mediação: Rovilson Britto (professor da FAPCOM).

16 de agosto, quinta-feira

9h – O jornalismo e as redes sociais: os limites e as fronteiras entre o cidadão e o profissional.

Questionarão as regras de posicionamento político em redes sociais para profissionais contratados em empresas jornalísticas. 

Debatedores: Luis Mauro Sá Martino (jornalista e professor de Teoria da Comunicação na Faculdade Cásper Líbero), Uirá Machado (jornalista e editor da “Ilustríssima”, Folha de S. Paulo) e Tales Ab’Saber (psicanalista e professor da UNIFESP). 

Mediação: Maria Fernanda Rodrigues (jornalista e repórter de literatura e mercado editorial do jornal O Estado de S. Paulo). 

11h – Modelos de gestão frente à crise. Desafios diante de um mercado instável e em transformação.

Abordará sobre as mudanças na estrutura das equipes jornalísticas como nos modelos de venda de conteúdo e mostrará a internet como uma plataforma possível – e poderosa – de disseminação de novas formas de produção.

Debatedores: Fernando Luna (jornalista e diretor editorial da Editora Globo), Bruno Torturra (jornalista e editor-chefe do “Greg News”, na HBO) e Conrado Corsalette (jornalista, cofundador e editor-chefe do Nexo).

Mediação: Helena Bagnoli (jornalista e publisher da revista Bravo!).

13h30 – Qual o lugar da reportagem no jornalismo do século 21, em que as redações contam com equipes reduzidas e se consolida o jornalismo multimídia?

Diante do cenário atual como produzir grandes reportagens?

Debatedores: Ricardo Kotscho (premiado jornalista da Folha de S. Paulo), Leonencio Nossa (repórter especial do jornal O Estado de São Paulo, em Brasília) e Carol Pires (colaboradora do New York Times en Español).

Mediação: Luiza Karam (jornalista freelancer da revista Marie Claire, entre outros veículos).

15h30 – Quem é o novo patrão do jornalista? A relação entre marketing, jornalismo e conteúdo patrocinado.

Falará sobre como se configuram as relações entre os veículos de imprensa e os anunciantes que procuram visibilidade através de conteúdo, e não do anúncio publicitário tradicional.

Debatedores: André Maleronka (editor-chefe da Vice Brasil), Cleusa Turra (jornalista e coordenadora do “Estúdio Folha”) e Felipe Gil (jornalista e diretor de conteúdo e negócios da plataforma GOL na Trip).

Mediação: Evaldo Novelini (jornalista e diretor de redação do Diário do Grande ABC).

17h – Censores no trabalho: como estados moldam a literatura.

Palestra baseada na pesquisa do historiador e escritor Robert Darnton. Sua pesquisa que recria três momentos nos quais a censura restringiu a expressão literária: na França do século XVIII, na Índia de 1857 e na Alemanha Oriental.

Robert Darnton (historiador e escritor).

Mediação: Marta Colabone (historiadora, psicanalista e gerente de Estudos e Desenvolvimento do Sesc).

17 de agosto, sexta-feira

9h – Como o jornalismo se prepara para cobrir as questões identitárias com responsabilidade?

Como as empresas de comunicação incluem  na sua pauta a cobertura das minorias?

Debatedores: Fernanda Carvalho (jornalista da TV Nação Preta, de Porto Alegre) e Renan Quinalha (professor da UNIFESP e advogado).

Mediação: Bianca Santana (jornalista, escritora, cientista social e colunista da Revista CULT).

11h – Cultura além do serviço: qual é o espaço do jornalismo cultural nos dias de hoje?

Apresentará quais as fronteiras entre matérias de agenda, voltadas muitas vezes aos interesses de empresas do setor cultural e reportagens aprofundadas.

Debatedores: Claudia Assef (jornalista, publisher do site Music Non Stop, escritora e fundadora do Women’s Music Event ), Laura Capriglione (jornalista em Direitos Humanos e Sociais da rede Jornalistas Livres) e Patricia Kolesnicov (editora de cultura do jornal argentino Clarín)

Mediação: Helio Goldsztejn (diretor do programa Metrópolis, da TV Cultura, desde 1993, foi professor de pós-graduação em Jornalismo Cultural da FAAP entre 2012 e 2014).

13h30 – O Jornalismo permanece? 

A quem interessa a continuidade de um jornalismo ético, bem apurado, rigoroso e bem editado?

Debatedores: Dennis Oliveira (professor e coordenador do departamento de  Jornalismo e Editoração da ECA-USP e do Programa de Pós Graduação em Integração da América Latina), Thais Oyama (jornalista e redatora-chefe da revista VEJA) e Daniela Pinheiro (jornalista e diretora de redação da revista Época).

Mediação: Welington Andrade (professor de Jornalismo Cultural da Faculdade Cásper Líbero, crítico de teatro e editor da Revista CULT).

15h – Jornalismo de dados

Mostrará como o processo de dados está sendo implantado no Brasil.
Debatedores: Daniel Mariani (jornalista especializado em dados na Folha de S. Paulo), Sergio Spagnuolo (jornalista, fundador e editor da agência de jornalismo de dados Volt Data Lab) e Giulliana Bianconi (jornalista e fundadora da Gênero e Número, a primeira organização de mídia a trabalhar questões de gênero a partir do jornalismo orientado por dados).

Mediação: Eduardo Nunomura (editor de cultura da revista Carta Capital e professor da Faculdade Cásper Líbero)

17h – Profissão: Jornalista

O que é ser jornalista hoje?

Debatedores: Jon Lee Anderson (repórter da revista New Yorker) e Caco Barcellos (diretor do programa “Profissão Repórter” da Rede Globo).

Mediação: Consuelo Dieguez (jornalista e repórter da revista Piauí desde 2007).

Programação Paralela:

Integrando o programa, o Sesc também apresentará oficinas que trarão outras linguagens jornalísticas: Jornalismo em Quadrinhos com Alexandre de Maio; Jornalismo Independente, com Nós, Mulheres da periferia e Leitura crítica de imagens, com Paulo Fehlauer. Além de uma feira de Fanzines, com bate-papos com os próprios zineiros. O destaque é a oficina de Cobertura Jornalística do Seminário, onde 15 jovens se prepararão para cobrir 18 horas da programação do Seminário.

Cobertura Jornalística, com o grupo Viração

A oficina quer ampliar e instigar o debate e o engajamento político de jovens, além de uma melhor compreensão das questões que estarão em pauta.

9/8, quinta, das 15h às 18h

15 a 17/8, quarta a sexta, das 9h às 19h (de acordo com escala de cobertura)

21/8, das 15h às 18h, terça O que é?

Inscrições na Central de Atendimento a partir de 17/07

Para jovens entre 16 e 29 anos.

Grátis.

15 vagas

Jornalismo Independente, com Nós, Mulheres da Periferia

A oficina trará discussões sobre as faces da produção independente de jornalismo, suas propostas e papeis diante das novas configurações do jornalismo e o engajamento na luta contra a invisibilidade da mulher. .

15/8, quarta, das 18h30 às 21h30

Inscrições na Central de Atendimento (para participantes do seminário)

Classificação indicativa 16 anos.

30 vagas

Leitura crítica de imagens, com Paulo Fehlauer

Propõe pensar a imagem fotográfica a partir de sua des/re/construção. Refletir sobre a existência (ou não-existência) das imagens e dissecá-las até o DNA. 

16/8, quinta, das 18h30 às 21h30

Inscrições na Central de Atendimento (para participantes do seminário)

Classificação indicativa 16 anos.

30 vagas

Jornalismo em quadrinhos, com Alexandre de Maio

A oficina é uma oportunidade para que o participante conheça o contexto histórico em que o jornalismo em quadrinhos se desenvolveu como linguagem e se tornou uma potente ferramenta de comunicação, difundido em diversos veículos. Também serão abordados estudos de casos em diversas mídias e os participantes produzirão uma pequena reportagem em quadrinhos ao final.