A versão mobile dos sites de notícias pode estar demorando mais tempo para carregar suas páginas do que a maioria das pessoas está disposta a esperar. De acordo com o relatório Mobile Web Intelligence, do DeviceAtlas, os testes de desempenho da internet móvel em redes 3G foram realizados em alguns dos maiores sites de jornais de 18 países ao redor do mundo.  

Jane_Kelly/iStock

De acordo com a pesquisa, 50 sites de jornais populares levaram uma média de 10,5 segundos para carregar. Site mais lentos levaram entre 19 e 22 segundos de serem acessados. Essas métricas – e o design do site – são especialmente importantes no que diz respeito ao conteúdo de notícias que, muitas vezes, é consumido em movimento e em locais onde Wifi ou 3G podem estar indisponíveis.

A média é três vezes maior do que muitas pessoas querem e vão esperar, disse DeviceAtlas, citando a pesquisa do Google que afirma que 53% das visitas a sites móveis foram abandonadas se as páginas demossem mais do que três segundos para serem carregadas. Os atrasos no tempo de carregamento levam, inevitavelmente, a maiores taxas de rejeição e menos páginas por sessão, observou.

Em sites de jornais na Índia, onde quatro foram testados e usaram o redirecionamento de URL para um site específico para celular, foram encontrados os carregamentos mais rápidos, de 7,7 segundos. Sites semelhantes baseados em países europeus foram muito mais lentos, como 12,2 segundos na Itália e 12,8 segundos na Espanha. O Reino Unido chegou a 8,9 segundos e os Estados Unidos a 10,4 segundos.

O estudo também calculou o peso da página em um site e relatou que a média é de 1,35MB no celular, com os mais pesados sendo o dobro ou mais. Os sites de notícias mais lentos chegaram a 350KB.

Os sites com carregamento lento não são apenas uma perda de receita de anúncios e um inconveniente para os usuários, mas também pode ser um dreno nos dados dos usuários e, potencialmente, em seus bolsos. De acordo com a pesquisa, uma única visita a um site como a Krona.at, com sede na Áustria, pode resultar em um uso estimado de até US$ 0,49 no Brasil, US$ 0,50 no Japão e US$ 0,72 no Canadá.

Com informações do Warc